Isso torna ainda mais relevante o trabalho do fotógrafo chileno Tomás Munita, que costuma revisitar tragédias como a guerra no Afeganistão, os conflitos na Caxemira, a violência das gangues de Honduras e El Salvador. Dessa vez, ele voltou ao palco de uma das maiores tragédias da história agora enterrada no passado 2013: o distrito de Savar, em Bangladesh, onde aconteceu em abril o colapso do Rana Plaza, prédio que abrigava fabriquetas do setor de vestuário e trabalhadores quase escravizados. A tragédia deixou 1.129 mortos, comoveu o mundo, provocou indignação, evidenciou a omissão dos países importadores sobre as condições subumanas no setor para garantir preços mais baixos e competitividade no comércio internacional. Houve discursos inflamados e promessas. Oito meses depois, pouco ou quase nada mudou, como mostra o trabalho de Munita.
As fotos de Munita foram publicadas no New York Times.
A tragédia de Bangladesh também está retratada entre as dez fotos mais emblemáticas do ano, pela revista Time.
Assim me despeço de 2013. Um ano melhor para todos em 2014!
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Às sextas, o blog dedica seu espaço para a fotografia de guerra, sejam os confrontos armados ou as batalhas cotidianas pela vida.