Férias no Afeganistão

Para quem não entendeu o que eu estava fazendo em Cabul, quando aconteceram os ataques coordenados em Cabul e outras três províncias, a maior ofensiva da insurgêncua desde o início da guerra, explico: durante o Spring break (férias de Primavera) da Universidade de Oxford, onde estou em um período sabático, decidi voltar ao Afeganistão. Em parte, porque o tema da minha pesquisa para o Reuters Institute for the Study of Journalism tem como tema a cobertura da guerra pela  imprensa afegã, que praticamente não existia durante o regime Talibã e os períodos anteriores de conflitos, e floresceu nos últimos dez anos.  Em parte, para pesquisar para um novo livro, sobre o qual não posso revelar muito pois é ainda embrionário. Em parte, porque sempre que vou embora do Afeganistão, a sensação é de ter deixado para trás muitas histórias, muita gente que merecia ser ouvida, muitas coisas a entender. Assim, em minha terceira viagem ao país, passei 25 dias morando com uma família no bairro de Carte-Char, subúrbio de Cabul, entre curtas viagens como a travessia do lendário Salang Pass, única rota que liga o sul ao norte do país por terra.

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Por adrianacarranca
Atualização:

Nesse sabático, estou fazendo mais coisas do que nunca, graças à pesquisa e aos muitos seminários e eventos que temos na Universidade de Oxford. Não dá para não aproveitar o privilégio de ter por perto Tariq Ramadan, um dos maiores acadêmicos do Islã, neto do fundador da Irmandade Muçulmana,Hassan al Banna; ou Richard Caplan, um especialista em gerenciamento de conflitos e na construção de Estados no pós-guerra; ou ainda Robert Service, historiador sobre a Rússia e biógrafo de Lenin, Stalin e Trotsky. Só para citar alguns.

Mas prometo voltar ao blog com relatos da viagem assim que possível.

Por enquanto, divido com vocês as matérias que fiz nessa pausa da universidade, meu "Spring break" em Cabul.

Até!

 

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ADRIANA CARRANCA , ENVIADA ESPECIAL / CABUL - O Estado de S.Paulo

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