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Acima, o filme argentino "Los últimos días de la víctima", de Adolfo Aristarain (1982) ilistra como um assassino mata uma pessoa e monta - com simplicidade - o cenário para que pareça um suicídio. Nisman também morreu no banheiro (embora não na banheira). E o governo insitia que a porta estava trancada por dentro (mas posteriormente soube-se que não estava). Uma peça cinematográfica interessante que pode sugerir que, em um hipotético caso de assassinato, o cinema já havia pensado previamente nisso (ou, quem, sabe, até inspirou um talvez, quiçá, suposto, hipotético assassino).
No entanto, o ceticismo predomina sobre uma eventual captura dos responsáveis pelo atentado e sua futura detenção em uma prisão na Argentina. Segundo o relatório, somente 8% consideram "muito provável" esse cenário. Outros 27% consideram que existe "alguma chance", enquanto que os 57% restantes não acreditam que um dia os responsáveis serão punidos.
GUINADA - Integrantes do governo argentino haviam insistido desde a segunda-feira de madrugada que a morte do promotor federal Alberto Nisman havia sido um suicídio. Na segunda-feira a presidente Cristina Kirchner havia colocado uma longa carta nas redes sociais nas quais se perguntava o motivo pelo qual Nisman teria "acabado com sua própria vida", isto é, suicídio.
No entanto nesta quinta-feira de manhã, Cristina Kirchner colocou em seu blog uma extensa carta na qual diz a frase: "o suicídio (que estou convencida) que não foi suicídio". Sem citar nomes, a presidente diz que Nisman "foi usado vivo" e que "depois precisavam dele morto". Os outros integrantes do governo rapidamente reconfiguraram o discurso e passaram também a dizer que Nisman não se suicidou.
DARÍN - O ator Ricardo Darín, atualmente o mais famoso do país, afirmou estupefato: "todas as ideias de minha cabeça não são suficientes para entender o que está acontecendo". Darín fez um apelo para que todo o leque político se uma para "esclarecer" os fatos sobre a morte de Nisman.
Em 2009 "Os Hermanos" recebeu o prêmio de melhor blog do Estadão (prêmio compartilhado com o blogueiro Gustavo Chacra). Em 2013 publicou "Os Argentinos", pela Editora Contexto, uma espécie de "manual" sobre a Argentina. Em 2014, em parceria com Guga Chacra, escreveu "Os Hermanos e Nós", livro sobre o futebol argentino e os mitos da "rivalidade" Brasil-Argentina.
No mesmo ano recebeu o Prêmio Comunique-se de melhor correspondente brasileiro de mídia impressa no exterior.