O bom do mundo hiperconectado é que não foi preciso esperar o psicodrama pós-jogo para ouvir a genialidade do humor brasileiro em ação. O troféu de menções nas redes sociais vai para o anônimo que colocou a seleção alemã à frente da Volkswagen no ritmo de fabricação de Gols. Quatro deles ocorreram em um espaço de seis minutos, um recorde em mundiais.
"Imagina na Copa!" foi outro clássico instantâneo. Li em inglês, mas convenceria muito bem em português: "O único jeito de entender o que aconteceu é assistir em câmera lenta". Eu vi o jogo e rabo de olho, dividida entre a TV e um texto sem nenhuma relação com o futebol na tela do meu computador. A primeira vez em que chequei o placar, ele estava 2x0. Quando voltei a olhar, 4x0. 5, 6, 7...
Mas foi impossível embarcar no dramalhão. "Neste momento de dor, presto solidariedade às famílias das vítimas", declarava "Dilma" em mensagem colocada nas redes sociais. Na mesma pegada: "Os pessimistas tinham razão. Se todos nós tivéssemos apoiado o movimento 'Não vai ter Copa', não estaríamos passando por isso agora!". E havia Tutty Vasques: "1) Pelo menos não vai ter Maracanaço! 2) Foi tão rápido que nem doeu! 3) A Argentina pode passar por isso na final!" O tragédia é que o massacre dos alemães não encerrou a participação do Brasil no mundial mais caro da história. Ainda corremos o risco de amargar um humilhante quarto lugar. É recomendável começar já a produção de piadas.