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A Casa Branca sem primeira-dama: ausência de Melania quebrará tradição americana

Mulher de Donald Trump só deve se mudar para a residência oficial em Washington depois que o filho do casal, Baron, concluir o ano letivo em junho

Por Redação Internacional
Atualização:

WASHINGTON - Um das tradições mais duradouras da transição presidencial nos Estados Unidos é que, no dia da posse, a família do presidente que deixa o cargo volte para sua cidade natal enquanto que a família do novo ocupante do cargo se mude para a Casa Branca.

No dia 20 de janeiro, no entanto, quando Donald Trump for empossado como presidente americano, esse ritual será amplamente desvirtuado: Melania Trump não deve se mudar para a residência oficial do presidente até que o filho do casal, Barron - que estuda em uma escola particular em Manhattan -, conclua o ano escolar. Nos EUA, o calendário acadêmico vai de agosto a junho.

Aplaudidos por Melania, Barron Trump e o pai, Donald Trump, se abraçam durante a Convenção Nacional Republicana (Jabin Botsford/Washington Post) 

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Além disso, os Obama também não devem deixar deixaram a capital americana pelo mesmo motivo: permitir que Sasha, a filha mais nova de Barack e Michelle, termine o ensino médio sem mudar de escola - os Obama devem se mudar para uma residência a poucos minutos de distância da Casa Branca. Outro fator que deve fazer com que os Obama continuem morando em Washington é o desejo de Michelle continuar engajada em seus trabalhos de advocacia.

Apesar da provável quebra na tradição, o funcionamento da Casa Branca deve seguir sem grande diferença em relação ao que acontece hoje. A burocracia da Ala Leste - onde, historicamente, ficam a primeira-dama e sua equipe - continuará funcionando. Jantares de Estado serão agendados. Visitas de grupos serão realizadas, e a residência será cuidada por uma equipe de mordomos, governantas e floristas.

"A Casa Branca se ajusta aos seus ocupantes e os ocupantes de ajustam à Casa Branca", afirmou Anita McBride, funcionária durante a gestão de George W. Bush que trabalhou como chefe de gabinete de Laura Bush. "Será diferente, mas como já aconteceu nesta eleição, o 'livro de regras' tem sido reescrito a cada dia. O papel da primeira-dama é, de fato, definido de acordo com o perfil de cada ocupante."

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Com relação às funções cerimoniais que são realizadas pela primeira-dama, McBride afirmou "ter ouvido que, quando necessário, a Sra. Trump irá para Washington e participará dos eventos". "Mas outros membros da família também podem ajudá-la nesta tarefa", disse. / WASHINGTON POST

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