América Latina lamenta derrota de Hillary e vitória de Trump

Para chanceler chileno, é necessário se entender com o presidente eleito nos Estados Unidos e dialogar com ele

PUBLICIDADE

Por Redação Internacional
Atualização:

BUENOS AIRES - A surpreendente vitória de Donald Trump nas eleições americanas acertou em cheio a maioria dos países da América Latina, que apostavam em uma vitória da democrata Hillary Clinton para acentuar os laços comerciais e diplomáticos dos últimos anos.

O ministro das Relações Exteriores do Chile, Heraldo Muñoz ( Foto: Jorge Adorno/Reuters)

PUBLICIDADE

Com suas declarações ofensivas contra os latinos e anúncios protecionistas, o magnata republicano despertou preocupação em vários líderes da região sobre o futuro das relações com os Estados Unidos e dos acordos comerciais.

"Ele questionou as políticas de imigração, as políticas comerciais, os acordos de livre comércio, as políticas de segurança. Há grandes interrogações que se abrem", disse o chanceler chileno, Heraldo Muñoz. "No entanto, é preciso se entender com Trump e dialogar com ele."

Na Argentina, onde o presidente Mauricio Macri retomou a relação com os Estados Unidos depois de chegar ao governo em dezembro, a derrota de Hillary foi considerada uma decepção.

"Uma pena não ver uma mulher tão capaz eleita para essa importante responsabilidade", destacou a chanceler Susana Malcorra em sua conta no Twitter.

Publicidade

O México foi o país com o qual o presidente eleito gerou as maiores controvérsias. Durante a campanha, Trump ameaçou deportar milhões de imigrantes mexicanos ilegais, muitos dos quais ele descreveu como estupradores e traficantes de drogas, além de falar em construir um muro na fronteira dos dois países que deveria ser pago pelo México.

"Agora entramos em uma nova etapa, a etapa em que todos temos que trabalhar juntos para levar adiante essa situação, e creio que o país tenha instrumentos, aliados. Não estamos sozinhos", disse o subsecretário mexicano de Relações Externas, Carlos de Icaza, à rede Televisa. / REUTERS

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.