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Apesar das pesquisas, Trump diz que está vencendo 'em todos os lugares'

Em um ato de campanha realizado na Flórida, magnata voltou a atacar a imprensa e a acusá-la de favorecer abertamente a campanha da democrata Hillary Clinton

Por Redação Internacional
Atualização:

WASHINGTON - O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, desafiou na segunda-feira a maioria das pesquisas de opinião, e declarou que está vencendo Hillary Clinton, que saiu à caça dos indecisos a duas semanas das eleições presidenciais americanas.

"Estamos ganhando, estamos ganhando!" - afirmou Trump em Saint Augustine, na Flórida, e acrescentou que esta marcha vitoriosa não se limitava a este Estado do sul do país. "Estamos vencendo não só na Flórida, mas em todos os lugares", afirmou.

Apesar de criticar amplamente a China durante a campanha, as empresas de Donald Trump continuaram negociando contratos milionários com o país asiático ( Foto: EFE/TANNEN MAURY)

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De acordo com o magnata, sua campanha se encaminha para uma vitória que "será maior do que o Brexit", em alusão ao referendo surpreendente que determinou a saída do Reino Unido da União Europeia, contrariando todas as previsões.

O milionário fazia na segunda-feira uma maratona de reuniões e atos públicos na Flórida, onde, segundo pesquisas, aparece alguns pontos porcentuais atrás de Hillary. Em seu discurso em Saint Augustine, ele voltou a atacar a imprensa, à qual acusa de favorecer abertamente a candidata democrata. "Sem a desonestidade da imprensa, Hillary Clinton não seria nada", disse.

Trump, que há duas semanas denuncia que as eleições são "manipuladas" pelos veículos de comunicação, acusou o Partido Democrata de impulsionar pesquisas com dados falsos que mostrariam a vantagem de Hillary.

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Democrata. No mesmo dia, Hillary Clinton participou de um ato público em New Hampshire, em que parecia concentrada em convencer os eleitores que ainda não decidiram seu voto. "Para mim, isto é muito mais do que apenas vencer uma eleição. Trata-se de definir o tipo de país que queremos para nossos filhos e netos (...), definir o tipo de mensagem que queremos transmitir aos nossos filhos e filhas", disse a ex-secretária de Estado nesta segunda-feira, durante um comício em Manchester, New Hampshire.

O discurso foi apresentado pela senadora Elizabeth Warren, uma influente figura da ala mais progressista do Partido Democrata. Em 2015, ela chegou a ser considerada uma candidata em potencial.

Em nível nacional, Hillary tem uma vantagem de seis pontos porcentuais sobre Trump, segundo o site RealClearPolitics, que elabora uma média de todas as pesquisas. Uma medição da rede ABC News, por exemplo, mostrou a ex-secretária de Estado com vantagem de 12 pontos porcentuais (50% a 38%). Uma pesquisa da rede CNN atribui a Hillary uma vantagem de 49% a 44%. Além disso, a ex-senadora encabeça as preferências nos Estados onde a disputa é mais apertada, inclusive a Flórida.

Enquanto isso, o presidente Barack Obama celebrava em Los Angeles a vantagem de Hillary nas pesquisas, mas destacou que a situação era "volátil" e que "não se pode ter nada como certo. A disputa na Flórida e em Ohio continua muito apertada". "Queremos vencer em grande estilo. Especialmente ao ver que esse cara (Trump) já começou a se queixar de que há fraude nas eleições", disse o presidente durante ato de arrecadação de fundos para o partido.

Antecipação. Segundo Michael McDonald, especialista da Universidade da Flórida, seis milhões de americanos já teriam votado. Os votos antecipados são contados apenas no início da eleição oficial, mas uma análise dos eleitores que tomaram esta iniciativa sugere uma vantagem para Hillary, destacou McDonald em um artigo publicado no fim de semana. A maioria das pesquisas atribui à candidata uma vantagem apertada, mas clara sobre Donald Trump na Flórida.

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Em Chicago, Illinois, Hanna Widlus, de 61 anos, depositou seu voto em Hillary em um centro de votação lotado. "Agora nada pode dar errado. Já votei", disse ela. Normalmente, Hanna não costuma votar antecipadamente, mas decidiu fazê-lo impulsionada pelas "circunstâncias" da eleição presidencial do próximo mês.

Nas eleições presidenciais de 2012, quase um terço de todos os votos foram emitidos antecipadamente. A equipe de campanha de Hillary Clinton quer que nesta eleição o número seja ainda maior, e a forma como se propõe a consegui-lo é aumentando a ação dirigida aos eleitores indecisos. O esforço é particularmente crítico em Estados onde a disputa se mostra mais apertada, como Flórida, Nevada e Carolina do Norte. / AFP

Veja abaixo: Na Flórida, Trump diz que Hillary cometeu 'crimes'

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