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Com eleição de Trump, ações de fabricantes de armas despencam

Empresas como Smith & Wesson e Sturm Ruger acumulam quedas de até 22,4% em comparação com seus valores na véspera da votação; no mercado de Defesa, no entanto, empresas se valorizaram

Por Redação Internacional
Atualização:

WASHINGTON - As duas eleições nos Estados Unidos vencidas por Barack Obama, em 2008 e 2012, fizeram as ações das fabricantes de armamentos dispararem em razão do temor de muitos americanos de que o democrata imporia novas restrições e dificultaria a aquisição de armas e munições.

A vitória, na terça-feira, de Donald Trump, na eleição presidencial deste ano mais uma vez afetou ações das empresas deste ramo, mas desta vez no sentido oposto, para baixo.

Ações da fabricante de armas Smith & Wesson caíram com a eleição de Trump (Reprodução/Google) 

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Empresas como Smith & Wesson e Sturm Ruger, duas das maiores fabricantes de armamento do país, viram o valor de suas ações caírem porcentualmente dois dígitos na quarta-feira justamente pelo efeito contrário ao da vitória de Obama: como Trump se opõe a leis que restringem o acesso a esses equipamentos, não há necessidade, por enquanto, de estocá-los e a demanda deve baixar nos próximos meses.

Nesta quinta, as ações das duas empresas recuperaram parte de seu valor, mas depois acumularem novas quedas. Às 15 horas (horário de Brasília), os papeis da Smith & Wesson eram vendidos a US$ 22,94, uma queda de 4,91% no dia e de mais de 19% quando comparadas com o valor no fechamento do mercado na véspera da votação.

Já as ações da Sturm Ruger, no mesmo horário, valiam US$ 49,85, queda de 9,49% no dia e de 22,4% com o valor antes da eleição.

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Ações da fabricante de armas Ruger caíram com a eleição de Trump ( Foto: Reprodução/Google)

Em declaração ao site MarketWatch, o analista sênior da Lake Street Capital Chris Krueger afirmou que os compradores de armas agora estão mais confiantes de que Trump protegerá o direito ao porte de armas, fazendo com que não haja uma onde de compras e puxando o valor das empresas para baixo.

Contraste. Se as fabricantes de armamentos leves viram suas ações caírem, as empresas de armamento pesado, por outro lado, se valorizaram com a vitória do republicano.

De acordo com o jornal Wall Street Journal, o setor de defesa americano projeta que a nova administração vai, no curto prazo, ampliar seus gastos militares. Na quarta-feira, as ações da Lockheed Martin subiram 6%, as da Raytheon, 7%, as da Northrop Grumman, 5,4%, e as da Huntington Ingalls Industries - as que mais se valorizaram -, 11,4%.

Nesta quinta, até as 15 horas, a Lockheed tinha ganhos de 1,5%, a Raytheon subia 1,2%, a Northrop Grumman aumentava 1,1% e a Huntington Ingalls se valorizava 1,5%.

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