Hillary avança em Estados republicanos enquanto Trump insiste que eleições são fraudadas

Candidata democrata aumentou substancialmente os gastos com publicidade em Estados 'vermelhos' enquanto que o magnata republicano aposta na teoria de que há um 'grande complô' contra seu partido e sua candidatura

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Por Redação Internacional
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NOVA YORK - Enquanto o caminho para uma vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA parece ser cada vez mais improvável, com o bilionário apostando cada vez mais na hipótese de que a eleição tem sido manipulada, a intenção de voto na candidata democrata, Hillary Clinton, em Estados tradicionalmente republicanos tem aumentado.

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A campanha de Hillary também lançou nesta semana novos esforços para expandir a vantagem que ela já conquistou em vários Estados, de forma a ajudar o partido a recuperar o controle do Congresso. No Arizona, por exemplo, foram gastos US$ 2 milhões em publicidade e a capital, Arizona, será uma das paradas da primeira-dama, Michelle Obama, que se tornou uma das mais importantes apoiadoras de Hillary.

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Já os Estados de Indiana e Missouri receberam investimentos de US$ 1 milhão, principalmente focados na disputa pelo Senado, ainda embaralhada. No Texas, por sua vez, os democratas compraram pequenas inserções televisivas e em Utah, um dos Estados mais conservadores dos EUA, figuras-chave do partido ainda devem fazer campanha.

Mas nem tudo tem funcionado tão bem para Hillary. Surgiram novidades no escândalo dos e-mails e, na noite de segunda-feira, foi revelado que um funcionário de alto cargo do Departamento de Estado pressionou o FBI para que não marcasse como confidencial um e-mail sobre o ataque de 2012 contra o consulado dos EUA em Benghazi.

Durante um ato de campanha em Green Bay, no Estado de Wisconsin, Trump afirmou que essa manobra frustrada seriam uma clara amostra de "conluio" e afirmou que era uma situação pior do que Watergate. "Este é um dos maiores erros da justiça na história do nosso país", afirmou o magnata. Em um vídeo publicado na internet, Trump também afirmou que as novas evidências do FBI são provas de um complô entre o FBI, o Departamento de Justiça e o Departamento de Estado para "tentar fazer com que Hillary Clinton pareça uma pessoa inocente".

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Como parta da estratégia do republicano para reduzir a vantagem de Hillary, a campanha de Trump aumentou seus gastos com publicidade de forma expressiva em sete dos chamados "swing states" - que não são, tradicionalmente, nem republicanos e nem democratas - e anunciou ainda planos para uma campanha-relâmpago na Virgínia - um dos Estados que está indefinido desde o início da disputa eleitoral - estimada em US$ 2 milhões.

Trump também deve manter sua retórica sobre a legitimidade do sistema eleitoral. Em uma rodada de publicações no Twitter na segunda-feira, ele atacou outros republicanos que tentaram minimizar suas reclamações, chamando os líderes de seu próprio partido de "ingênuos" e afirmando, sem apresentar provas, que a grande fraude eleitoral é real.

O estudo de um professor da Loyola Law School, no entanto, chegou a conclusão de que dos mais de 1 bilhão de votos computados na eleições americanas de 2000 a 2014 apenas 31 deles foram considerados fraudulentos - a maioria por falsidade ideológica, colocando em dúvida as alegações de Trump sobre fraude na votação. / AP

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