Hillary reage à controversa declaração de Trump sobre armas
Para imprensa americana, declaração incita violência caso democrata seja eleita
Por Redação Internacional
Atualização:
WASHINGTON - Em um comício nesta terça-feira, 9, em Wilmington, na Carolina do Norte, Donald Trump deu uma declaração que, segundo jornais americanos, pareceu encorajar donos de armas a tomarem uma atitude caso a democrata Hillary Clinton seja eleita presidente dos EUA e escolha juízes para a Suprema Corte que se oponham ao direito de portar armas no país.
A campanha democrata reagiu imediatamente. Em um comunicado, afirmou que "uma pessoa que quer ser presidente dos EUA nunca deveria sugerir qualquer tipo de violência".
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Trump disse que Hillary "quer essencialmente abolir a Segunda Emenda", uma acusação que ela nega. Ele se referia ao artigo da Constituição americana que garante o direito dos americanos de portar armas de fogo. "A propósito, se ela escolher esses juízes, não há nada que vocês possam fazer, pessoal", disse Trump. "Talvez a Segunda Emenda, gente, talvez haja. Eu não sei."
De acordo com o Washington Post, não ficou claro se Trump estava incitando proprietários a usarem suas armas contra juízes, contra o presidente eleito ou encorajando outro tipo de ação.
O conselheiro de comunicação da campanha republicana, Jason Miller, também divulgou um comunicado à "mídia desonesta", explicando o que Trump quis dizer, garantindo que não estava sugerindo qualquer forma de violência. "Isso se chama poder da unificação. As pessoas que defendem a Segunda Emenda não pessoas incríveis e tremendamente unidas, o que dá a elas um grande poder político", afirmou.
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Além do novo episódio, as intenções do republicano de recolocar sua campanha nos trilhos esbarraram hoje em uma nova onda de resistência dentro do partido, com o anúncio da senadora Susan Collins de que deixará de apoiá-lo. Senadora do Maine, Susan é a republicana mais veterana a retirar o apoio a Trump.
O anúncio foi um balde de água fria para a estratégia de angariar o voto feminino. A mensagem de Susan pode ainda mostrar a outros republicanos que não é seguro votar no candidato. "Donald Trump não reflete os valores históricos republicanos", afirmou ela.
Os insultos de Donald Trump
1 / 15Os insultos de Donald Trump
Donald Trump já insultou 250 pessoas, lugares e coisas pelo Twitter. Conheça alguns
O senador Marco Rubio participa de entrevista na Flórida. Trump já o chamou de "desonesto, falso e enganador" Foto: REUTERS/Javier Galeano
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Hillary Clinton discursa em Ohio: candidata à presidência foi chamada por Trump de "uma corrupta incompetente que quer encher os Estados Unidos de ref... Foto: AP Photo/Andrew HarnikMais
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Ex-presidente Bill Clinton cumprimenta eleitores na Filadélfia. Trump o chamou de racista e 'o pior abusador de mulheres da história' Foto: AP Photo/Matt Slocum)
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Trump também criticou países estrangeiros, como a Grã-Bretanha: "Estão tentando disfarçar o problema muçulmano" Foto: REUTERS/Paul Hackett/
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Bernie Sanders dá entrevista em Washington. Ele foi chamado por Trump de "um vendido louco que deveria estar em casa dormindo" Foto: Jabin Botsford/The New York Times
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Ted Cruz, no Senado. Pré-candidato republicano foi chamado de "um mentiroso desesperado e fraco" Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
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McCain recebe o vice-premiê chinês no Senado. Trump disse que o republicano "nunca fez nada e é incapaz de fazer alguma coisa" Foto: REUTERS/Larry Downing
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Jeb Bush discursa em São Francisco: para Trump ele é um "fraco sem honra que jamais será presidente" Foto: Max Whittaker/The New York Times
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Presidente mexicano Enrique Peña Nieto discursa na Cidade do México. Trump disse que o "governo do país é totalmente corrupto e está nos matando" Foto: Reuters
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Obama discursa em Atlanta. Trump o chamou de "o pior presidente da história, com uma aparência ridícula, que não tem a menor noção de nada" Foto: Al Drago/The New York Times
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O aiatolá Ali Khameni, líder supremo do Irã. País foi chamado por Trump de "um lugar que faz coisas às nossas costas" Foto: Office of the Iranian Supreme Leader via AP
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Chanceler alemã, Angela Merkel, participa de cerimônia no Parlamento da Bavária. Trump chamou o país de "uma bagunça total afetada pelo grande número ... Foto: ReutersMais
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Pré-candidato republicano John Kasich dá entrevista em Ohio de "um idiota muito fácil de derrotar" Foto: (Ty William Wright/The New York Times)
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Biden participa de cerimônia em Washington: Trump o chamou de "pouco inteligente" Foto: AFP PHOTO/Brendan SMIALOWSKI
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O presidente George W. Bush também foi alvo das críticas de Trump: "não é legal" Foto: EFE/Larry W. Smith
Uma das poucas republicanas moderadas no Senado, Susan revelou sua posição em um artigo no Post, afirmando também que não votará em Hillary. A decisão da senadora reforça um movimento anti-Trump que vem ocorrendo entre republicanos.
Uma reportagem de hoje do New York Times afirmou que doadores que contribuíram com candidatos do establishment republicano nas primárias estão mais inclinados a dar dinheiro a Hillary do que a Trump. Segundo a reportagem, Hillary recebeu cerca de US$ 2,2 milhões de doadores de candidatos que deixaram a disputa durante as primárias - US$ 600 mil a mais do que Trump.
Na segunda-feira, um grupo de 50 especialistas em defesa e segurança de seu próprio partido afirmou, em carta, que Trump representa uma ameaça à segurança dos EUA. Na carta, eles declaram que o bilionário seria o mais irresponsável presidente da história americana.
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No mesmo dia, o republicano Evan McMullin anunciou sua candidatura independente à eleição presidencial para tentar impedir a vitória de Trump. Ex-agente da CIA, de 40 anos, McMullin era um assessor parlamentar da área de Segurança e Defesa do grupo republicano na Câmara. / W. POST, AP e EFE