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Netanyahu parabeniza Trump pela vitória e chanceler iraniano pede que republicano respeite o acordo nuclear

Premiê israelense qualificou o republicano de ‘verdadeiro amigo de Israel’ e destacou que quer ‘trabalhar com ele para avançar na segurança, na estabilidade e na paz’ no país

Por Redação Internacional
Atualização:

JERUSALÉM - O primeiro-ministro do Israel, Binyamin Netanyahu, parabenizou nesta quarta-feira, 9, o presidente eleito nos EUA, Donald Trump, a quem qualificou de "verdadeiro amigo de Israel". "O presidente eleito Trump é um verdadeiro amigo do Estado de Israel e desejo trabalhar com ele para avançar na segurança, na estabilidade e na paz em nossa região", afirmou Netanyahu em comunicado divulgado à imprensa local.

"O laço de ferro entre EUA e Israel está fundamentado em valores compartilhados, escorados por interesses comuns e conduzido por um destino partilhado. Confio que o presidente eleito Trump e eu continuaremos fortalecendo a aliança única entre nossos dois países, levando-a a, inclusive, a níveis maiores", completou.

Primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu (dir.), ao lado do presidente eleito nos EUA, Donald Trump ( Foto: Kobi Gideon/Government Press Office (GPO)/Handout via REUTERS)

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O rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdelaziz, manifestou sua esperança de que a eleição de Trump traga "estabilidade e segurança" ao Oriente Médio, uma região marcada pelos conflitos em Síria, Iraque e Iêmen. O monarca defendeu a manutenção de excelentes relações com os EUA nesta nova etapa.

Em um telegrama divulgado pela agência de notícias oficial saudita SPA, Salman parabenizou Trump por sua vitória e elogiou "os laços históricos estreitos entre os dois países amigos". "Todos desejam seu fortalecimento e desenvolvimento em todos os âmbitos, pelo bem-estar comum", disse o rei.

Já o presidente dos Emirados Árabes Unidos (EAU), o xeque Khalifa bin Zayed al Nahyan, cumprimentou Trump por sua vitória e desejou preservar "os laços estratégicos que unem os dois Estados e povos amigos".

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O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, também parabenizou Trump e manifestou sua confiança em continuar aumentando a cooperação de seu país com Washington, que mantém cerca de 10 mil soldados em território afegão em trabalhos de combate ao terrorismo e assessoria.

"O governo afegão espera que, com uma cooperação próxima com o novo presidente dos EUA, as relações entre os dois países se desenvolverão mais do que no passado em benefício das duas nações", disse Gani em comunicado divulgado pela presidência afegã.

O governante lembrou que os EUA são um aliado estratégico e importante do governo e do povo afegãos "em sua luta contra o terrorismo e no desenvolvimento" do país asiático.

Acordo nuclear. O presidente do Irã, Hassan Rouhani, disse que o resultado da eleição americana não afeta as políticas de Teerã, segundo a agência de notícias estatal Irna, e destacou que a expansão de laços econômicos do Irã com o mundo é irreversível. "O resultado da eleição nos EUA não possui efeito nas políticas da República Islâmica do Irã", disse Rouhani.

"A política do Irã por engajamento construtivo com o mundo e a retirada de sanções relacionadas à atividade nuclear tornaram nossas relações econômicas com todos os países expansíveis e irreversíveis", acrescentou.

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Rouhani afirmou ainda que o acordo nuclear do Irã com seis potências mundiais foi feito em resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), e não pode ser rejeitado por um governo.

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O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohamad Javad Zarif, pediu ao republicano que respeite o acordo nuclear assinado por Teerã com seis grandes potências internacionais. "Os EUA devem cumprir com os compromissos do Plano Integral de Ação Conjunta (o nome oficial do pacto nuclear) como um acordo internacional multilateral", declarou Zarif em entrevista coletiva durante sua visita a Bucareste.

"O mais importante é que o futuro presidente dos EUA respeite os acordos, os compromissos assinados não só em nível bilateral, mas também em nível multilateral", acrescentou Zarif.

Durante a campanha eleitoral, Donald Trump criticou o acordo nuclear alcançado em julho de 2015 entre Irã e seis grandes potências (China, EUA, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha). A oposição republicana ao presidente americano Barack Obama também foi muito crítica a esse acordo. / REUTERS e EFE

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