Obama diz esperar que Trump enfrente Rússia quando necessário

O líder argumentou que seu governo manteve uma perspectiva 'construtiva' com Moscou e tentou encontrar 'pontos de encontro'

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Por Redação Internacional
Atualização:

BERLIM - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quinta-feira, 17, esperar que o presidente eleito Donald Trump possa enfrentar a Rússia quando necessário, e adote uma aproximação construtiva para cooperar com Moscou quando os interesses estejam alinhados.

"Para que possamos solucionar muitos grandes problemas ao redor do mundo, está em nossos interesses trabalhar com a Rússia", disse Obama durante entrevista coletiva com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.

Presidente dos EUA, Barack Obama ( Foto: AFP PHOTO / TOBIAS SCHWARZ)

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"Minha esperança é que o presidente eleito adote uma aproximação similarmente construtiva, encontre áreas nas quais possamos cooperar com a Rússia, que nossos valores e interesses se alinhem, mas que o presidente eleito também esteja disposto a enfrentar a Rússia quando ela se desviar de nossos valores e normas internacionais", afirmou Obama.

O atual presidente dos Estados Unidos também declarou que denunciou perante Putin com uma "mensagem clara" os ataques cibernéticos ao Partido Democrata, o que considerou uma intromissão nas eleições de seu país, e defendeu uma regulação internacional para evitar que a internet se transforme em um "campo de batalha".

O líder argumentou que seu governo manteve uma perspectiva "construtiva" com Moscou e tentou encontrar "pontos de encontro". No entanto, ressaltou OBama, Washington também tem "diferenças significativas" em assuntos como "democracia, liberdade de expressão, estado de direito", assim como o respeito a outros países em termos de soberania nacional e integridade territorial.

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Ele acrescentou que é importante que sanções impostas contra a Rússia por ações no leste de Ucrânia continuem em vigor até que Moscou cumpra o acordo de paz de Minsk.

Obama, perguntado se pensa que Merkel deveria se candidatar ao quarto mandato como chanceler, disse considerá-la uma excelente líder e votaria em Merkel caso fosse um cidadão alemão. / REUTERS e EFE 

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