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Obama questiona Partido Republicano por ter escolhido Trump para disputar a Casa Branca

Em ato de campanha no Estado de Ohio, considerado peça-chave para a eleição dia 8, presidente americano afirmou que o 'partido dos valores familiares' escolheu como candidato uma pessoa que tem o presidente russo, Vladimir Putin, como modelo

Por Redação Internacional
Atualização:

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, culpou na quinta-feira, 13, o Partido Republicano por apoiar a candidatura de Donald Trump à Casa Branca, mesmo ele estando rodeado de acusações de assédio sexual. Ele também acusou o magnata de ter como "modelo" o presidente russo, Vladimir Putin.

"O partido dos valores familiares nomeia esta pessoa (Donald Trump), é sério?", ironizou Obama, sobre as tradicionais credenciais conservadoras dos republicanos, durante um ato em Columbus, capital do Estado de Ohio, um dos Estados considerados chave, nas vésperas das eleições presidenciais do dia 8 de novembro.

Em ato de campanha pró-Hillary, Obama considerou 'decepcionante' o Partido Republicano ter escolhido Donald Trump como candidato à Casa Branca (FOTO: Al Drago/The New York Times) Foto: Estadão

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Trump está envolvido em uma série de escândalos na reta final da campanha, que começou com a divulgação de um vídeo de 2005, onde o magnata se gaba de beijar e tocar as partes íntimas das mulheres sem seu consentimento, e depois com denúncias de supostas vítimas de abusos sexuais.

"Este é o tipo de pessoa que apoiam, respaldam e fazem campanha junta?", voltou a perguntar Obama sobre os republicanos. Muitos líderes do partido decidiram dar um passo atrás nos últimos dias diante das polêmicas sexuais acumuladas pelo magnata nova-iorquino.

Além disso, Obama considerou especialmente "decepcionante" que o partido republicano que se orgulha de ser "duro em política externa e fazer oposição a Rússia, acabe escolhendo Trump, cujo modelo é Vladimir Putin, antigo chefe da KGB (agência de inteligência russa)".

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Durante a campanha, Trump afirmou diversas vezes sua admiração por Putin, ao assegurar que é um líder mais forte e dirige seu país com mais firmeza que Obama.

"Sou democrata, mas antes, sou americano", ressaltou o atual presidente, que deixará a Casa Branca em janeiro, após oito anos de mandato.

A série de escândalos começou a refletir nas pesquisas, com a candidata democrata Hillary Clinton ampliando sua vantagem sobre Trump. / EFE

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