Partidos americanos disputam controle do Congresso

Se os eleitores derem o controle das duas Casas aos democratas, 2017 provavelmente verá uma inclinação mais moderada nos projetos de lei

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Por Redação Internacional
Atualização:

WASHINGTON - Uma luta intensa pelo controle do Congresso dos Estados Unidos, que ocorre paralelamente à disputa entre a democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump pela Casa Branca, terminará hoje com eleições que vão definir a política americana nos próximos dois anos.

O que está em jogo é o atual predomínio dos republicanos no Senado e na Câmara dos Deputados. Se os eleitores derem o controle das duas Casas aos democratas, 2017 provavelmente verá uma inclinação mais moderada nos projetos de lei que os parlamentares vão enviar para o novo presidente transformar em leis.

O candidato democrata ao Senado Patrick Murphy. Foto: Chris O'Meara/AP

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Para obter o comando do Senado de imediato, os democratas teriam de conquistar pelo menos cinco cadeiras no final das contas. Atualmente, os republicanos detêm 54 assentos, os democratas ocupam 44 cadeiras e os independentes alinhados a estes últimos têm outras 2 vagas.

Durante a maior parte da atual campanha, analistas políticos projetaram que os democratas conseguirão algo entre quatro e sete cadeiras no Senado.

Mas os atuais governistas temeram que o anúncio do FBI no fim de outubro de que iniciaria uma investigação dos e-mails recém-descobertos para saber se diziam respeito ao uso de um servidor particular de Hillary quando era secretária do Departamento de Estado fizesse algumas disputas mais acirradas penderem para os republicanos.

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No domingo, o FBI disse que a agência finalizou sua análise e não encontrou motivos para mudar sua posição de julho, a de que não havia justificativa para acusar criminalmente a ex-secretária de Estado.

Câmara. Os democratas terão um desafio maior na Câmara, onde precisam obter 30 vagas para reconquistar a maioria que tiveram pela última vez em 2010. Alguns analistas vêm projetando algo entre 5 e 20 assentos para os correligionários de Hillary.

O controle republicano do Senado de 100 cadeiras nos últimos dois anos e da Câmara de 435 assentos desde 2011 rendeu um ataque contínuo ao plano de reforma do sistema de saúde do presidente democrata Barack Obama, conhecido como Obamacare.

Os deputados republicanos detiveram o progresso obtido no Senado em uma reforma abrangente da imigração em 2013, e vêm pressionando de forma geral pela contenção de gastos em programas domésticos ao mesmo tempo em que tentam limitar as regulamentações nas indústrias ambiental e financeira.

Acredita-se que o desfecho da eleição presidencial terá um grande impacto no resultado das campanhas legislativas. Nas últimas décadas, o partido que conquistou a Casa Branca normalmente se saiu melhor também nas disputas parlamentares. / REUTERS

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