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Rússia nega ter informações comprometedoras sobre Trump

Porta-voz do presidente Vladimir Putin qualificou como 'falsas' e 'fabricadas' as notícias de que o Kremlin teria obtido provas contra o presidente eleito dos EUA para poder chantageá-lo; porta-voz de Trump também negou os relatos

Por Redação Internacional
Atualização:

MOSCOU - O governo russo qualificou nesta quarta-feira, 11, de "absolutamente falsas" as informações divulgadas na véspera pela imprensa americana de que Moscou obteve dados comprometedores sobre o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para poder chantageá-lo.

"É absolutamente falso, fabricado" por aqueles que têm interesse em "prejudicar as relações bilaterais" entre Rússia e EUA, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. "Há quem instigue esta histeria para sustentar essa caça às bruxas. A propósito, o próprio presidente Trump definiu essa mentira como a continuação da caça às bruxas", ressaltou o porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin, a quem os serviços de inteligência dos EUA acusam de interferir nas eleições presidenciais americanas.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, negou que a Rússia coletados provas contra o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, para poder chantageá-lo Foto: REUTERS/Maxim Shemetov

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O futuro chefe de gabinete de Trump também rechaçou os relatos. Reince Priebus disse ao programa "Today", da rede NBC, que levou a questão a Trump. "Ele disse que era 'lixo total e estou mantendo isto limpo'", explicou Priebus.

Em Moscou, Peskov acrescentou que o governo do presidente Barack Obama quer fazer com que "as relações bilaterais sigam pela via da degradação, para que ninguém possa refletir se isso corresponde com os interesses dos dois países e da comunidade internacional".

"O Kremlin não se dedica a reunir informações comprometedoras", insistiu o porta-voz ao assegurar que Moscou também não dispõe de dados que possam causar prejuízo a Hillary Clinton, que foi candidata à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata.

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Vários veículos de imprensa americanos, entre eles a "CNN" e os jornais "The Washington Post" e "The New York Times", fizeram referência na terça-feira a um suposto relatório das agências americanas de inteligência, no qual a Rússia é acusada de ter informações "comprometedoras suficientes" para "chantagear" o presidente eleito.

As informações em poder da Rússia incluiriam provas recolhidas pelos serviços de inteligência russos sobre uma suposta "perversão sexual" de Trump em um hotel de Moscou.

Segundo o documento, Trump teria contratado várias prostitutas para participar de orgias na suíte presidencial do Hotel Ritz Carlton, na qual já se hospedaram o presidente Obama e a primeira-dama, Michelle Obama, durante uma visita à capital russa.

O relatório citado também detalharia que as autoridades russas ofereceram a Trump negócios imobiliários relacionados especialmente com a Copa do Mundo de 2018, embora o presidente eleito tenha rejeitado. O que Trump e seus assessores teriam de fato aceitado, segundo a imprensa, foram as informações sobre os democratas e Hillary Clinton, que a inteligência russa teria obtido através de ciberataques. / EFE

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