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Trump adverte contra novas libertações de presos de Guantánamo

Hoje com 59 detentos, prisão chegou a abrigar cerca de 800 presos após sua abertura depois os ataques do 11 de Setembro

Por Redação Internacional
Atualização:

WASHINGTON - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu nesta terça-feira, 3, contra novas libertações de prisioneiros da Base de Guantánamo, em Cuba, em mais uma de suas mensagens no Twitter.

 Foto: Paul Richards/AFP

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"Não deveria haver mais libertações em Gitmo (código militar do aeroporto da base de Guantánamo). São pessoas extremamente perigosas e não se deve permitir que voltem ao campo de batalha", escreveu Trump, que prometeu manter e ampliar essa prisão, além de enchê-la de "caras maus".

Na prisão situada na Base Naval de Guantánamo restam agora 59 detentos, dos quais 22 receberam o sinal verde do governo do presidente Barack Obama para serem transferidos a um terceiro país.

Obama prometeu acelerar as transferências de presos a terceiros países até que se formalize a transferência de poder a Trump, seu sucessor na Casa Branca, no dia 20 de janeiro. Ontem, após o tuíte de Trump, o porta-voz presidencial, Josh Earnest, disse que a Casa Branca estuda autorizar novas transferências de detentos.

No entanto, 37 presos estão à espera de julgamento ou são considerados perigosos demais para ficar em liberdade, apesar de não ter sido possível apresentar provas contra eles por terem sido obtidas sob tortura.

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Com essa população residual será impossível que Obama feche totalmente a prisão, como prometeu logo após chegar à Casa Branca para seu primeiro mandato, em 2009.

Após a vitória de Trump nas eleições do último dia 8 de novembro, Obama lamentou não ter podido fechar essa "maldita" prisão.

Além disso, em discurso sobre política externa e antiterrorista que deu em dezembro em Tampa (Flórida), Obama afirmou que Guantánamo é "uma mancha na honra nacional" e lamentou que o Congresso americano não tenha cooperado com ele para fechar esse presídio.

A prisão de Guantánamo chegou a abrigar cerca de 800 presos pouco após sua abertura, ordenada pelo então presidente americano, George W. Bush, após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. / EFE

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