NOVA YORK - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou nesta terça-feira, 22, vários ataques contra o jornal "The New York Times" e contra famosos apresentadores das principais emissoras de TV do país, acusando-os de ter atuado de forma "injusta e desonesta" durante a campanha.
Trump fez na segunda-feira uma reunião a portas fechadas na torre que leva seu nome em Manhattan, em Nova York, com diretores dos principais canais de televisão e seus mais prestigiados jornalistas, segundo vários veículos da imprensa local, como "The Washington Post".
No encontro, Trump se mostrou desafiante e criticou a maneira pela qual as emissoras cobriram a campanha presidencial, que foi concluída com a vitória do empresário republicano.
O presidente eleito, em um movimento inédito na história recente dos EUA, se dirigiu especificamente aos apresentadores e diretores das emissoras "CNN" e "NBC" para criticar o que ele considerou como uma "cobertura injusta", segundo o "Washington Post", que ouviu quatro pessoas presentes à reunião.
As fontes consultadas pelo jornal foram ouvidas sob condição de anonimato porque o encontro era confidencial. Nem mesmo as emissoras estão autorizadas a falar sobre o que foi conversado na Trump Tower.
Nesta terça, Trump iniciou um novo capítulo em sua particular guerra contra os veículos de imprensa ao anunciar, pelo Twitter, que cancelaria uma reunião que teria com o "New York Times" porque o jornal tinha decidido mudar as regras do encontro de última hora, fato negado por porta-vozes da empresa.
"Cancelei o encontro com o fracassado @nytimes quando vi que os termos e as condições da reunião tinham sido mudadas no último momento. Isso não é legal", disse Trump pelo Twitter, plataforma usada pelo republicano para se comunicar desde a eleição.
"Talvez volte a me reunir com o @nytimes. Nesse meio tempo, eles continuarão me cobrindo incorretamente e com um tom desagradável", completou o presidente eleito dos EUA.
Trump publicou mensagens no Twitter quase todos os dias desde que foi eleito, uma forma de comunicação que o permitiu emitir opiniões sem a necessidade da imprensa, chamada pelo republicano de "desonesta, repugnante e lixo" durante a campanha presidencial. / EFE