Trump diz em nota que reconhece nacionalidade americana de Obama
Hillary Clinton criticou a posição do republicano e afirmou que a recusa dele em reconhecer a origem do presidente dos EUA é exemplo de ‘intolerância’
Por Redação Internacional
Atualização:
WASHINGTON - O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump - um dos líderes de um movimento que questionava a cidadania americana do presidente americano Barack Obama -, acredita que ele nasceu nos EUA, disse a campanha do empresário em comunicado na quinta-feira.
Em entrevista ao jornal The Washington Post divulgada mais cedo no mesmo dia, Trump se recusou a responder se acreditava que Obama havia nascido de fato no Havaí. "Responderei a essa pergunta na hora certa. Só não quero respondê-la agora", disse o magnata.
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Após alguns anos na presidência, Obama, o primeiro afro-americano a chegar à Casa Branca, divulgou uma versão mais extensa de sua certidão de nascimento em reação às pessoas que insinuavam que ele não havia nascido nos EUA.
"Em 2011, o senhor Trump finalmente foi capaz de pôr um fim a este incidente lamentável exortando o presidente Obama com sucesso a divulgar sua certidão de nascimento", disse o assessor de comunicação de Trump, Jason Miller, em um comunicado emitido no final da quinta-feira.
Na época, Trump defendia a teoria da conspiração que dizia que o presidente americano tinha nascido em outro país, presumivelmente no Quênia.
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"Tendo tido sucesso em obter a certidão de nascimento do presidente Obama quando outros não o conseguiram, o senhor Trump acredita que o presidente Obama nasceu nos Estados Unidos", afirmou.
Trump vem tentando conseguir o apoio do eleitorado negro, que em sua maioria votou em Obama nas eleições de 2008 e 2012. Muitos afro-americanos repudiam o envolvimento de Trump com o movimento "birther" (que questiona a nacionalidade do presidente americano) e a implicação de que a presidência de Obama é ilegítima.
Reação. Os comentários de Trump ao jornal provocaram críticas da candidata presidencial democrata, Hillary Clinton, que expressou assombro com a resposta de Trump enquanto conversava com líderes hispânicos em um encontro em Washington.
Os insultos de Donald Trump
1 / 15Os insultos de Donald Trump
Donald Trump já insultou 250 pessoas, lugares e coisas pelo Twitter. Conheça alguns
O senador Marco Rubio participa de entrevista na Flórida. Trump já o chamou de "desonesto, falso e enganador" Foto: REUTERS/Javier Galeano
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Hillary Clinton discursa em Ohio: candidata à presidência foi chamada por Trump de "uma corrupta incompetente que quer encher os Estados Unidos de ref... Foto: AP Photo/Andrew HarnikMais
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Ex-presidente Bill Clinton cumprimenta eleitores na Filadélfia. Trump o chamou de racista e 'o pior abusador de mulheres da história' Foto: AP Photo/Matt Slocum)
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Trump também criticou países estrangeiros, como a Grã-Bretanha: "Estão tentando disfarçar o problema muçulmano" Foto: REUTERS/Paul Hackett/
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Bernie Sanders dá entrevista em Washington. Ele foi chamado por Trump de "um vendido louco que deveria estar em casa dormindo" Foto: Jabin Botsford/The New York Times
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Ted Cruz, no Senado. Pré-candidato republicano foi chamado de "um mentiroso desesperado e fraco" Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
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McCain recebe o vice-premiê chinês no Senado. Trump disse que o republicano "nunca fez nada e é incapaz de fazer alguma coisa" Foto: REUTERS/Larry Downing
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Jeb Bush discursa em São Francisco: para Trump ele é um "fraco sem honra que jamais será presidente" Foto: Max Whittaker/The New York Times
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Presidente mexicano Enrique Peña Nieto discursa na Cidade do México. Trump disse que o "governo do país é totalmente corrupto e está nos matando" Foto: Reuters
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Obama discursa em Atlanta. Trump o chamou de "o pior presidente da história, com uma aparência ridícula, que não tem a menor noção de nada" Foto: Al Drago/The New York Times
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O aiatolá Ali Khameni, líder supremo do Irã. País foi chamado por Trump de "um lugar que faz coisas às nossas costas" Foto: Office of the Iranian Supreme Leader via AP
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Chanceler alemã, Angela Merkel, participa de cerimônia no Parlamento da Bavária. Trump chamou o país de "uma bagunça total afetada pelo grande número ... Foto: ReutersMais
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Pré-candidato republicano John Kasich dá entrevista em Ohio de "um idiota muito fácil de derrotar" Foto: (Ty William Wright/The New York Times)
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Biden participa de cerimônia em Washington: Trump o chamou de "pouco inteligente" Foto: AFP PHOTO/Brendan SMIALOWSKI
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O presidente George W. Bush também foi alvo das críticas de Trump: "não é legal" Foto: EFE/Larry W. Smith
"Ele continua não dizendo Havaí. Continua não dizendo América. Este homem quer ser nosso próximo presidente?", indagou Hillary. "Quando é que ele vai parar com essa intolerância? Agora, ele tentou relançar a si mesmo e à sua campanha muitas vezes. Isso é o melhor que ele consegue fazer. Isto é o que ele é", afirmou.
A ex-secretária de Estado insistiu que a recusa de Trump em reconhecer que Obama tenha nascido no território americano é mais um exemplo de "intolerância". Hillary fez alusão ao recente episódio, protagonizado pelo magnata, durante seu discurso na 39ª Gala do Instituto do Caucus Hispânico do Congresso (CHCI, sigla em inglês), em que voltou a defender os latinos, os mesmos que Trump chamou no passado de "criminosos e estupradores".
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Hillary também afirmou que as eleições de novembro são especialmente importantes para essa minoria diante da "perigosa" retórica do republicano. "Eles não são estranhos. Eles não são intrusos. São nossos vizinhos, nossos colegas, nossos amigos, nossas famílias. Eu estou com vocês", afirmou na cerimônia, que celebrou o início do Mês da Herança Hispana. / REUTERS e EFE
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