Trump fará discurso com foco em economia para tentar reverter queda em pesquisas

Candidato republicano à Casa Branca deve reiterar em Detroit seu plano para reduzir alíquotas do Imposto de Renda, diminuir imposto sobre empresas, eliminar o imposto sobre propriedades e criar moratória temporária sobre novas regulamentações

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Por Redação Internacional
Atualização:

DETROIT, EUA - O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, fará nesta segunda-feira, 8, um discurso a líderes empresariais do prestigiado Clube Econômico de Detroit para tentar redefinir sua campanha ao detalhar suas propostas para um assunto que é considerado como um dos seus pontos fortes: a economia.

Ao revelar detalhes de seu plano para essa área, o magnata espera reverter as recentes quedas em pesquisas de opinião e mostrar que é um candidato sério, apesar das recentes críticas tanto de republicanos quanto democratas após uma série de comentários de Trump que foram considerados desastrosos.

Trump tira fotos com seus apoiadores após comício em New Hampshire Foto: Ilana Panich-Linsman/The New York Times

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A mensagem do republicano ao líderes empresariais deverá ser focada na criação de empregos e em como tornar os Estados Unidos competitivo globalmente com o corte de impostos das empresas, redução da regulamentação e o aumento da produção de energia no país. Essa iniciativa do magnata é uma resposta direta às ultimas pesquisas, que mostraram os eleitores preocupados com o temperamento e aptidão dele para ocupar a Casa Branca, mas o elogiaram em temas relacionados à área economia.

Em seu discurso em Detroit, Trump deve reiterar seu plano para reduzir as alíquotas do imposto de renda, bem como sua ideia de reduzir os imposto sobre as empresas para 15% - atualmente é de cerca de 35% -, em um esforço para atrair novos investimentos. Ele também está deve propor a eliminação do imposto sobre propriedades e uma moratória temporária sobre novas regulamentações.

Entre sua propostas sobre temas específicos está também a ideia de que pais possam deduzir as despesas com saúde infantil do Imposto de Renda. "Não queremos que ter filhos seja uma desvantagem econômica", disse um assessor de Trump no domingo. Ele afirmou que a campanha terá um plano de saúde infantil mais detalhado no futuro.

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O magnata deve ainda sugerir um aumento na produção de energia nos Estados Unidos, um plano que sua campanha estima que pode adicionar até US$ 6 trilhões em receitas para municípios, Estados e para o governo federal em quatro décadas.

Stephen Moore, um conselheiro econômico que ajudou na elaboração do discurso de Trump, afirmou que as políticas que o magnata defenderá tem como objetivo fortalecer o crescimento econômico para amparar os trabalhadores de classe média, cujos salários estagnaram há décadas.

"Precisamos de um crescimento que seja muito mais rápido do que atualmente se quisermos que os salários e as receitas da classe média cresçam também", disse Moore.

Rival. A candidata democrata, aliás, também revelará nesta semana seu plano econômico no que sua campanha descreveu como "o maior investimento em empregos com bons salários desde a 2ª Guerra". Hillary alega que o plano de Trump é focado apenas nos mais ricos dos EUA e já questionou o compromisso do magnata com a criação de empregos nos EUA em razão do histórico das empresas do magnata de terceirizar vagas.

Hillary visitará nesta segunda a Flórida, onde passará por uma pequena cervejaria e fará dois comícios. Na terça, ela fará um discurso sobre seu plano econômico em Detroit, cidade que simboliza a difícil situação das indústrias do país.

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Uma nova pesquisa de opinião Washington Post/ABC News divulgada no domingo colocou Trump 8 pontos percentuais atrás de Hillary após a convenção democrata na Filadélfia. Um levantamento Reuters/Ipsos de sexta-feira mostrou a corrida mais disputada a três meses da eleição presidencial de 8 de novembro. / AP e REUTERS

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