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Veja quais argumentos mencionados no 2º debate entre Hillary e Trump são verdadeiros

Candidatos foram questionados sobre saúde, impostos e islamofobia

Por Redação Internacional
Atualização:

A candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, venceu o segundo debate contra o republicano Donald Trump a algumas semanas da eleição presidencial americana, de acordo com pesquisas divulgadas na madrugada desta segunda-feira, 10.

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Acuado pela divulgação de um vídeo em que faz comentários degradantes em relação às mulheres, o magnata assumiu uma posição agressiva com a ex-secretária de Estado, e ameaçou colocá-la na cadeia, além de compará-la ao "demônio" e acusar seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, de ser o político que mais abusou de mulheres na história dos EUA. Veja abaixo alguns dos argumentos que foram levantados durante o debate e as verdades por trás de cada um, segundo o jornal The New York Times:

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Trump: Hillary quer conceder anistia a todos - mentira

Realidade: A democrata defende uma legislação abrangente que incluiria um aumento da segurança nas fronteiras, aliada a uma política de concessão de cidadania para imigrantes ilegais. Ela propõe não uma anistia como fez o então presidente Ronald Reagan em 1986, quando era preciso esperar anos para se tornar cidadão americano. A proposta apoiada por ela, que foi aprovada pelo Senado em 2013, inclui um investimento de US$ 46 bilhões em segurança nas fronteiras, aumentando para mais de 38 mil o número de agentes da Patrulha da Fronteira.

Hillary: Ajudou 8 milhões de crianças a conseguirem plano de saúde - verdade

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Realidade: Legisladores democratas e republicanos que participaram da aprovação do projeto afirmam que a ex-secretária de Estado teve um papel crucial no desenvolvimento da proposta.

Trump: Hillary ignorou 600 pedidos para aumentar a segurança de J. Christopher Stevens, o embaixador americano na Líbia - mentira

Realidade: Apesar de a embaixada em Trípoli, na Líbia, ter pedido para o Departamento de Estado reforçar a segurança, não há evidências de que ele tenha sido feito à própria Hillary. E não há elementos que sustentem a alegação de Trump de que Stevens fez o pedido várias e várias vezes.

Trump: Síria, Rússia e Irã estão combatendo o Estado Islâmico - mentira

Realidade: Síria e Rússia já lideraram ataques aéreos contra alguns soldados do Estado Islâmico, mas a maioria das ações militares foram direcionadas contra outros rebeldes moderados. O Irã, contudo, apenas treinou milícias xiitas, que são forças de combate essenciais na luta contra os jihadistas no Iraque.

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Trump: Usou US$ 916 milhões em perdas declaradas em seu imposto de renda de 1995 para evitar o pagamento de impostos, mas se recusou a dizer por quantos anos deixou de pagá-los, e afirma que pagou uma grande quantidade de taxas - parcialmente verdade

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Realidade: É impossível saber exatamente o que Trump fez ou deixou de fazer com relação aos impostos. Ele é o único candidato à presidência em décadas que se recusa a divulgar seu imposto de renda. A perda de US$ 916 milhões declarada em 1995 obtida pelo The New York Times poderia ter ajudado o empresário a evitar legalmente o pagamento de impostos por 18 anos.

Trump: Hillary deletou 33 mil e-mails de seu servidor pessoal após ser intimada pelo Congresso - verdade

Realidade: Os assessores de Hillary deletaram 33 mil e-mails de seu servidor pessoal, os quais foram qualificados por ela como de caráter "pessoal". O FBI, no entanto, indicou que muitos deles podiam ter alguma ligação com o trabalho dela no Departamento de Estado.

Trump: Bill Clinton abusou de algumas mulheres - parcialmente verdade

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Realidade: O ex-presidente americano enfrentou alegações de estupro e assédio sexual de Juanita Broaddrick, Kathleen Willey e Paula Jones. Nenhuma das acusações resultou em processos criminais.

Trump: Bill Clinton sofreu impeachment, perdeu sua licença e pagou uma multa de US$ 850 mil para Paula Jones - verdade

Realidade: Bill Clinton sofreu impeachment pela Câmara dos Deputados sob acusações de perjúrio e obstrução da Justiça relacionadas aos seus casos extraconjugais. O posterior julgamento no Senado acabou deixando que ele continuasse no cargo. Mesmo assim, Clinton teve sua licença em Arkansas suspensa por cinco anos, e pagou US$ 850 mil em um acordo feito com Paula Jones por um processo de assédio sexual, o qual ele não admitiu.

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