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Washington Post apoia Hillary 'sem hesitar'

Influente jornal foi o último a tornar oficial em seu editorial sua posição para as eleições do dia 8, nas quais Hillary enfrenta o republicano Donald Trump, que na opinião da publicação, 'como presidente, seria um grave perigo para a nação e o mundo'

Por Redação Internacional
Atualização:

WASHINGTON - O jornal The Washington Post expressou nesta quinta-feira, 13, "sem hesitar" seu apoio à candidatura à presidência da democrata Hillary Clinton, uma pessoa "qualificada" e "preparada" para governar uma nação "dividida".

O influente jornal foi o último a tornar oficial em seu editorial sua posição para as eleições do dia 8, nas quais Hillary enfrenta o republicano Donald Trump, que na opinião da publicação, "como presidente, seria um grave perigo para a nação e o mundo".

 

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"Nessa temporada política obscura e desagradável, costuma exagerar para cima uma verdade encorajadora: há uma candidata bem qualificada, bem preparada na cédula. Hillary Clinton tem o potencial para ser uma excelente presidente dos Estados Unidos e a apoiamos sem hesitar", expressou The Washington Post.

O jornal nega que seu apoio a Hillary seja porque seu rival é "espantoso", mas porque sua experiência de vida como ex-primeira-dama, ex-senadora e ex-secretária de Estado a prepararam para "governar uma nação dividida" e "trabalhar com legisladores que em muitos casos estarão decididos a boicotá-la".

"É justo entender a carreira de Hillary como uma série de experiências que a prepararam bem para um ambiente assim", considerou o jornal.

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O jornal menciona a polêmica sobre se os doadores à Fundação Clinton receberam um tratamento preferencial enquanto a democrata era secretária de Estado, assim como o uso que Hillary fez de servidores de correio eletrônico particulares para enviar mensagens com informação confidencial quando comandava a diplomacia americana (2009-2013).

Apesar desses escândalos, na opinião do jornal, a atitude de Trump e suas reservas para divulgar sua declaração de imposto de renda transformam Hillary em um "modelo de transparência".

"Trump demonstrou ser intolerante, ignorante, enganoso, narcisista, vingativo, mesquinho, misógino, fiscalmente imprudente, intelectualmente preguiçoso, depreciativo com a democracia e apaixonado pelos inimigos dos EUA", ataca o jornal, se referindo aos elogios que Trump dirigiu ao presidente russo, Vladimir Putin.

Para reforçar seus argumentos contra Trump, o jornal publicou hoje uma cronologia na qual recolhe com vídeos e comentários de colunistas as declarações mais controvertidas proferidas pelo empresário nos últimos 16 meses.

Jornalistas. Ainda hoje, o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) afirmou que Trump representa uma ameaça à imprensa livre no mundo. "Donald Trump, por meio de suas palavras e de suas ações como candidato à presidência dos Estados Unidos, traiu de maneira sistemática os valores da Quinta Emenda", denunciou a diretora-executiva da organização, Sandra Mims Rowe.

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Para o CPJ, se o republicano ganhar as eleições do dia 8, sua presidência representaria uma ameaça para a imprensa livre no país, cujas consequências seriam ainda mais graves para os jornalistas que atuam ao redor de todo o mundo. "Desde que começou sua campanha, Trump insultou e vilipendiou a imprensa e fez de seu confronto com os veículos de comunicação um ponto central de seus discursos", lamentou a diretora do CPJ.

A organização criticou especificamente o fato de o candidato se negar a condenar os ataques sofridos por jornalistas em seus comícios e por ter expulsado o apresentador da Univision Jorge Ramos de uma entrevista coletiva por fazer uma "pergunta impertinente". "Alguns sugerem que suas declarações são só retórica, mas nós levamos suas palavras ao pé da letra.". / EFE

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