Outra arma da Al Qaeda é a emergência de uma nova liderança, Hamza bin Laden, filho de Osama bin Laden. O simples fato de ser filho de quem é já gera uma enorme aura ao redor de jihadistas ao redor do mundo. Por último, a Al Qaeda segue na linha de realizar mega atentados, não atentados de oportunidade e de inspiração como o ISIS. Suas ações terroristas são elaboradas e seus seguidores mais treinados. Também chama a atenção o foco em membros normalmente do mundo islâmico, com pouca presença de jihadistas ocidentais.
O ISIS, por sua vez, tentará se reconfigurar como uma insurgência. Quando ainda era chamado de Al Qaeda no Iraque (o grupo é uma dissidência da Al Qaeda iraquiana), conseguiu se reconstruir a ponto de dominar enormes áreas na Síria e no Iraque, incluindo cidades como Mossul, Raqqa, Ramadi, Tikrit e Fallujah. Hoje, porém, está se despedaçando. Sua imagem vitoriosa e do califado atraiu dezenas de pessoas ao redor do mundo. Hoje não consegue atrair ninguém. Talvez volte a se reerguer no futuro, mas não agora. Certamente, porém, ainda inspirará alguns atentados na Europa. Mas, que fique claro, não existe a menor possibilidade de o ISIS ameaçar o Ocidente.
A Al Qaeda, porém, está em busca de um mega atentado. Não conseguirá um novo 11 de Setembro. Mas podem provocar enorme estrago.