O Al Shabab vem sendo duramente alvejado pelos EUA nos últimos meses. O grupo estava se enfraquecendo. Não havia como sozinhos eles conseguirem realizar a ação de ontem, ainda mais em um momento que a Somália conseguia renascer. O colapso do Al Shabab também levou a uma divisão. Algumas facções se aliaram ao ISIS; outras à Al Qaeda.
O modus operandi e a sofisticação, porém, leva a crer que a facção do Al Shabab aliada à Al Qaeda tenha sido a responsável pelo atentado. O ISIS sequer reivindicou e sabemos que eles reivindicam mesmo ações com as quais não tenham envolvimento como forma de propaganda para ofuscar suas derrotas no Iraque e na Síria.
Já a Al Qaeda, e em especial seu braço no Yemen, conhecido como Al Qaeda na Península Arábica teria toda a capacidade de cruzar o mar para ajudar os seus aliados terroristas do Al Shabab. O grupo também vem mostrando crescimento em outras partes da África, como vimos em recentes atentados em lugares como a Burkina. Na Síria, enquanto o ISIS perder território, a Al Qaeda, com o nome de Frente de Conquista do Levante (antiga Frente Nusrah), ainda domina porções da Província de Idlib e é capaz de atacar o regime de Bashar al Assad apesar da derrota no ano passado em Aleppo.
Devemos voltar a prestar atenção na Al Qaeda, que tem como nova liderança emergente o filho de Bin Laden, Hamza Bin Laden. Certamente a nova Al Qaeda não terá a penetração do ISIS. Mas mesmo com menos membros são capazes de destruição ainda maior do que o ISIS.