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De Beirute a Nova York

Quem poderia derrotar Hillary nas primárias democratas?

Hillary Clinton finalmente anunciará a sua candidatura para as primárias presidenciais do Partido Democrata neste domingo. Ex-primeira-dama e ex-secretária de Estado, ela é favorita absoluta para ser a escolhida pelos democratas para disputar a sucessão do presidente Barack Obama.

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Por gustavochacra
Atualização:

Segundo a média das pesquisas compiladas pelo site Real Clear Politics, Hillary possui 59,8% das intenções de voto nas primárias. Quase nunca um pré-candidato que não seja o incumbente atingiu este patamar. Além disso, os dois nomes mais próximos de Hillary não são candidatos - a senadora Elizabeth Warren (12,2%) e o vice-presidente Joe Biden (11,5%).

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Sem dúvida, se Warren se lançar, o que não pode ser descartado, ela poderia dar trabalho para Hillary. É mais jovem, mais carismática e incendeia mais a base mais liberal (esquerda, no sentido americano) do partido. Mas dificilmente conseguiria derrotar a máquina da família Clinton.

Claro, em 2008, Hillary também era favorita e perdeu. Mas dois fatores pesaram. Primeiro, a então senadora concorreu contra Barack Obama, um fenômeno político, com uma coalizão formada por minorias e jovens e uma das melhores estratégias de campanha, inovando no uso de redes sociais. Em segundo lugar, havia um terceiro candidato, John Edwards, extremamente popular na época. Ele conseguiu roubar muitos votos de Hillary entre eleitores blue collars.

Além de Warren, alguns lembram que, nas primárias de 1992, quase ninguém sabia da existência de um obscuro governador de Arkansas chamado Bill Clinton. Os nomes que circulavam eram os do governador Mario Cuomo, de Nova York, que não concorreu, e do então ex-governador da Califórnia, Jerry Brown (ele está no cargo novamente), que acabou derrotado. Nunca se pode descartar que o mesmo ocorra, embora seja improvável.

Caso seja escolhida, Hillary é favorita em uma disputa contra republicanos, segundo a média das pesquisas. A ex-secretária de Estado venceria todos os atuais pré-candidatos do partido opositor por uma variação de 8 a 12 pontos percentuais. Mas este cenário pode ser facilmente revertido até 2016, dependendo de uma série de variáveis.

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Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

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