Palestinos de Jerusalém
Até 1967, a metade oriental de Jerusalém era ocupada pela Jordânia. Na Guerra dos Seis Dias, Israel conquistou e posteriormente anexou esta parte da cidade. Os moradores palestinos receberam o status de "residentes permanentes".
. Eles podem viver e trabalhar em Israel
. Votam em eleições locais, mas não para as eleições nacionais
. Eles possuem acesso a benefícios sociais e na área da saúde
. Os cônjuges que não sejam de Jerusalém precisam aplicar para uma autorização do governo israelense
. Podem adquirir cidadania israelense desde que declarem lealdade a Israel, não sejam cidadãos de outros países e tenham noções de hebraico
. São raros os palestinos de Jerusalém que tentaram adquirir a cidadania de Israel. Suas principais reclamações envolvem a Esplanada das Mesquitas (Monte do Templo) e a crescente construção de assentamentos judaicos na parte árabe da cidade, ao mesmo tempo que enfrentam enorme burocracia para reformar ou construir suas casas
Palestinos de Gaza e Cisjordânia
Eles são os habitantes da área antes controlada pelo Jordânia (Cisjordânia) e pelo Egito (Gaza) até 1967. Israel as conquistou, mas não anexou, como fez com Jerusalém e as colinas do Golã (Síria)
. Eles não podem viver em Israel
. Em casos raros, recebem autorização para trabalhar em Israel. Mas a maioria não possui esta permissão
. Não são cidadãos de Israel. Como não existe cidadania palestina, a maioria dos habitantes não tem nacionalidade. Alguns possuem a jordaniana e, em um númeo menor, de países como EUA, Canadá, Austrália e Chile (especialmente os cristãos)
. Suas principais demandas envolvem o fim da ocupação da Cisjordânia, do bloqueio a Gaza e a criação de um Estado palestino
. São majoritariamente muçulmanos sunitas, mas há minorias cristãs especialmente em Ramallah (prefeita cristã), Belém (também prefeita mulher e cristã) e Beit Jala
Árabes-Israelenses
Eles viviam em cidades como Jaffa, Haifa e Nazaré que ficaram no território israelense depois da Guerra de Independência de 1948. Outros centenas de milhares foram expulsos ou deixaram suas casas em busca de refúgio nos países vizinhos e hoje são refugiados no Líbano, cidadãos na Jordânia e residentes permanentes na Síria - não há quase comunidades de refugiados em outros países árabes
. São cidadãos de Israel, com todos os direitos
. Podem trabalhar e viver por todo o país
. Cerca de 80% é sunita, 10% drusa e 10% cristã
. Os drusos fazem Exército. Apenas uma minoria dos sunitas e dos cristãos, que se identificam como palestinos, fazem Exército
. Reclamam, em alguns casos, que são tratados como cidadãos de segunda classe
. Possuem partidos políticos no Parlamento israelense
. Vivem especialmente em cidades árabes de Israel, como Nazaré, em cidades mistas como Haifa, ou áreas de Tel Aviv, como Jaffa
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Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires
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