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De Beirute a Nova York

Quem será o futuro presidente do Uruguai?

O substituto de José Mujica na Presidência do Uruguai deve ser o candidato de seu partido, a Frente Ampla (centro-esquerda), Tabaré Vazquez, que ocupou a Presidência entre 2005 e 2010. No primeiro turno, por pouco ele  não obteve a maioria dos votos contra Luis Lacalle, do Partido Nacional (centro-direita), de apenas 41 anos e filho de um ex-presidente.

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Por gustavochacra
Atualização:

Com a vitória de Vazquez, não deve haver muitas mudanças na administração uruguaia. Quando esteve no poder até 2010, ele pegou o boom dos commodities e entregou uma economia saudável para José Mujica. Agora, se eleito, deve receber um PIB crescendo acima da média do continente (4,4% em 2013), mas uma inflação que assusta, em 8,1%. Lacalle implementaria uma política econômica mais ortodoxa, justamente com o objetivo de conter a onda inflacionária.

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O Uruguai, por seu tamanho, características e história, possui um cenário político econômico distinto dos vizinhos. O país é extremamente avançado em questões sociais, quase não tem analfabetismo, tem uma violência incomparavelmente inferior aos vizinhos e bem menos desigualdade. Inovou na questão das drogas e também dos direitos dos gays.

Mujica marcou época pelo seu carisma e estilo. Alguns uruguaios podem discordar de suas políticas, mas ninguém questiona a sua seriedade - doava 90% de seu salário (US$ 12 mil), dirige um fusca antigo e mora em um rancho e não no palácio presidencial. De fora, alguns podem dizer que é populismo. Mas os uruguaios, incluindo seus opositores, sabem ser autenticidade. Foi, de fato, um líder guerrilheiro e passou anos na prisão.

Vazquez, por sua vez, nasceu em uma família de classe média baixa. Com 18 anos, em vez de ir para a universidade, trabalhou como garçom, carpinteiro e entregador de jornal. Posteriormente, estudou medicina e se tornou um renomado oncologista em Montevidéu. Enquanto estava na Presidência, continuou atendendo pacientes em seu consultório.

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Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

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