Nesta semana, o regime saudita matou mais de 130 pessoas em um bombardeio a um casamento no Yemen. A maior parte das vítimas era composta por mulheres e crianças. Não há quase protestos internacionais. Todos se calam diante desta guerra dos sauditas contra os houthis. O resultado da ofensiva saudita, com apoio americano, é o fortalecimento da Al Qaeda na Península Arábica, mais poderosa organização terrorista do mundo.
Se fosse o Irã, o regime de Bashar al Assad ou Israel responsável pelo bombardeio, a gritaria internacional seria corretamente generalizada. Mas, por algum motivo, quando o regime saudita, o mais radical do mundo junto com o do ISIS (Grupo Estado Islâmico ou Daesh), mata civis iemenitas, a comunidade internacional ignora.
A Arábia Saudita possui um regime de Apartheid contra mulheres e minorias religiosas, como os xiitas. O regime saudita ajudou a difundir a ideologia wahabbita, que serve de base para a Al Qaeda, ISIS, Boko Haram, Al Shebab e Taleban. O regime saudita mata homossexuais. O regime saudita decapita pessoas. E 15 dos 19 terroristas do 11 de Setembro, assim como Bin Laden, eram sauditas.
Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires
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