O relato sobre o episódio no bar foi feito à revista L'Express por Wissam, um vizinho de Bouhlel, que disse ser originário do mesmo vilarejo que o autor do massacre: Msaken, no nordeste da Tunísia. "Ele bebia e fumava haxixe", assegurou Wissam. Outros vizinhos confirmaram que Bouhlel não parecia ser um homem religioso, e que andava frequentemente de bermudas. Ele não constava da Lista S, que inclui cerca de 10 mil "radicalizados" que podem vir a cometer atentados terroristas, segundo o Diretório Geral de Segurança Interna (DGSI).
De acordo com o jornal Nice Matin, Bouhlel era cidadão apenas tunisiano, e não franco-tunisiano, como se noticiou inicialmente. O canal de TV iTélé informou que em março ele foi condenado a seis meses de prisão por causa de uma briga depois de um acidente de carro, mas obteve liberdade condicional. Bouhlel teve outras passagens na polícia por violência, incluindo a mão armada. Na cabine do caminhão que ele usou no ataque havia uma granada com defeito e armas de brinquedo.
Bouhlel trabalhava com um pequeno caminhão de entregas, que mantinha estacionado perto do prédio. Seus vizinhos o descreveram como um homem solitário e silencioso, que não respondia aos cumprimentos dos outros e nunca recebia visitas. Hannan, um dos vizinhos, disse que cruzava todos os dias com ele de bicicleta. "Ele me olhava estranhamente. Ele nos encarava e nos evitava."
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