As revelações sobre anúncios na rede social podem acrescentar ainda mais desconfiança política em Washington sobre o papel da Rússia nas eleições. O investigador especial Robert Mueller, ligado ao Departamento de Justiça, e as comissões de Inteligência da Câmara e do Senado investigam a questão, incluindo a possibilidade de que alguém com laços com a campanha do presidente Donald Trump tenha trabalho com a Rússia.
A rede social disse que muitas dessas propagandas promoveram 470 contas e páginas "falsas" que agora estão indisponíveis e disseminaram visões polarizadas em temas como imigração, raça e direitos homossexuais, em vez de apoiar um candidato político.
O Facebook informou a descoberta numa publicação do diretor de segurança da rede e disse que está cooperando com as investigações federais em operações de influência durante as eleições presidenciais dos EUA.
Fontes do Facebook afirmaram que as contas e páginas falsas estavam conectadas a uma sombria companhia russa chamada Internet Research Agency, conhecida por usar contas de "trolls" (criadas para desestabilizar discussões) para postar em redes sociais e comentar em sites de notícia.
O Facebook, que oferece um sofisticado sistema para alcançar alvos para a publicidade, tem estado no centro de uma polêmica pelo papel que desempenhou na propagação de notícias falsas ou informações enganosas durante a campanha. / NYT e REUTERS