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Peculiaridades da terra que elegeu Donald Trump

Golfe, tuítes e política: assim são as férias de Trump na Flórida

Apesar de ter criticado Obama pelo tempo que passou nos campos de golfe em suas férias, esta é principal atividade do republicano em seus dias de descanso em Mar-a-Lago, na Flórida; presidente não deixa, porém, de se manifestar diariamente nas redes sociais

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Por Redação Internacional
Atualização:

WASHINGTON - O presidente americano, Donald Trump, passa suas férias de fim de ano em seu clube Mar-a-Lago, na Flórida, um lugar tranquilo, mas que não é sinônimo de silêncio para o dirigente, que se manifesta diariamente nas redes sociais.

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O magnata chegou há uma semana, acompanhado de sua mulher, a primeira-dama Melania. Desde então, tem tido praticamente a mesma rotina. Pouco antes das nove da manhã, a comitiva presidencial sai de Mar-a-Lago e pega a ponte que conecta a ilha de Palm Beach e o continente com destino ao Trump International Golf Club, em West Palm Beach, a aproximadamente 10 minutos de carro.

Trump chega a seu campo de golfe, na Flórida, para encontro com membros da Guarda Costeira (AFP PHOTO / Nicholas Kamm) 

Os apoiadores do presidente lhe esperam todos os dias na ponte com cartazes de "Trump 2020", "O melhor presidente" e "Hillary na prisão". É mais difícil ver os críticos se manifestarem, mas uma mulher vestida com uma camiseta com a palavra "Resistir" também esperou por ele uma manhã em frente ao campo de golfe.

Nas cenas gravadas pela rede de televisão CNN na terça-feira, pode-se ver o presidente com seu habitual traje de jogar golfe: camisa polo branca, calça preta e um boné vermelho, que se transformou em emblema de sua campanha. Ele dirige o próprio carrinho de golfe.

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Alguns amigos, seu filho Eric, um senador republicano e, o mais importante, muitos golfistas profissionais, incluindo Jim Herman, fazem companhia ao presidente.

Mais tarde, Trump toma café em um restaurante do clube de golfe, o Grill Room. Foi ali que, na quinta-feira, ele deu uma entrevista improvisada ao repórter do "The New York Times", Michael Schmidt, sentado em uma grande mesa redonda, enquanto seus amigos e outros conhecidos o cumprimentavam. Uma entrevista de meia hora, particularmente sobre o caso da suposta ingerência da Rússia nas últimas eleições presidenciais.

Cerca de duas da tarde, o presidente volta para Mar-a-Lago. Apenas no dia de Natal não programou jogar golfe, preferindo assistir a uma missa e visitar uma estação de bombeiros local.

Contra a Amazon

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Os muitos tuítes geralmente começam pela manhã, antes do golfe e, depois, são retomados à tarde e à noite: Donald Trump se negou a conceder qualquer trégua no Natal.

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Críticas ao FBI, a Polícia Federal americana,, promoção de seu balanço econômico, "massacre" extremista do grupo Estado Islâmico (EI), Coreia do Norte, ataque contra a revista "Vanity Fair": Donald Trump tuíta e retuíta mais de 40 vezes em uma semana.

Na manhã da sexta-feira, achou uma nova vítima: o serviço de correios americano e a Amazon. "Por que o Correio dos Estados Unidos, que perde bilhões de dólares por ano, cobra tão pouco da Amazon e de outros para entregar seus pacotes, enriquece a Amazon e faz com que o correio seja muito mais estúpido e mais pobre? Deveria cobrar muito mais!", tuitou.

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Apoiadores exibem cartazes favoráveis a Trump no trajeto entre seu resort e seu campo de golfe, na Flórida (AFP PHOTO / NICHOLAS KAMM) 

Esta é a oitava vez neste ano que o presidente ataca a Amazon, propriedade de Jeff Bezos, que comprou o jornal Washington Post em 2013. Trump frequentemente chama o jornal de "Amazon Washington Post".

A atividade política nos Estados Unidos recomeça na semana que vem, depois do ano novo. Donald Trump voltará para Washington com um programa urgente sobre orçamentos, imigração, saúde e infraestrutura.

Todos os presidentes tiram férias: Barack Obama passava as suas no Havaí, e George W. Bush, no Texas. Curiosamente, antes de ser eleito, Trump criticou em especial seu antecessor pelo tempo que passou nos campos de golfe. / AFP

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