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100 dias de governo: Queda de braço com as 'cidades-santuário'

Republicano chegou ao poder com a promessa de deportar 11 milhões de imigrantes ilegais

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Por Redação Internacional
Atualização:

Uma das brigas internas assumidas pelo presidente Donald Trump foi com as chamadas "cidades-santuário" dos EUA. Ele chegou ao poder com a promessa de deportar 11 milhões de imigrantes ilegais, a maioria deles latino-americanos, e por isso aumentou o poder da Agência de Imigração e Aduanas (ICE, na sigla em inglês), que realizou várias detenções em "cidades-santuário", apesar de não ter a cooperação das autoridades locais.

As "cidades-santuário" são as mais receptivas a imigrantes ilegais. Elas se negam a cooperar com forças federais na identificação de imigrantes em situação irregular, e determinam que a polícia local não pode atuar como órgão de controle migratório. Atualmente, há cerca de 300 destas cidades em todo o país.

Parte da barreira que separaterritório mexicano do americano em Tihuana Foto: REUTERS/Edgard Garrido

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Em janeiro, o governo Trump decidiu barrar recursos federais como punição a essas regiões. A maioria das grandes "cidades-santuário" - como São Francisco, Los Angeles e Nova York - desafiou o mandatário, enquanto Miami acatou rapidamente à ordem executiva presidencial.

Às vésperas de completar 100 dias no poder, Trump sofreu um revés na sua intenção de punir essas "cidades-santuário". Recentemente, um juiz federal de São Francisco bloqueou o decreto do governo que cortaria o financiamento a comunidades que limitarem sua cooperação com as autoridades de imigração, alegando que ele é inconstitucional. O juiz emitiu a medida temporária que ficará vigente enquanto a demanda não for resolvida na Suprema Corte. Trump qualificou a decisão de "ridícula".

 
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