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Obama cancela reunião bilateral após ser xingado por presidente das Filipinas

Duterte deveria manter uma reunião bilateral com Obama nesta terça-feira, paralela ao encontro de líderes globais do Asean, a Associação de Nações do Sudeste Asiático na capital do Laos

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Por Redação Internacional
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, não se reunirá no Laos com seu homólogo filipino, Rodrigo Duterte, como estava previsto, anunciou nesta segunda-feira, 5, a Casa Branca após uma tensa troca de declarações entre ambos sobre a controvertida campanha antidrogas empreendida pelo novo mandatário das Filipinas.

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Mais cedo, Duterte chegou a xingar o americano de "filho da p..." , antecipando que seria questionado por ele sobre a questão dos direitos humanos quando se encontrassem no Laos.

Combinação de imagens com os presidentes Obama e Duterte. Foto: Saul Loeb e Manman Dejeto/AFP

"Você deve ser respeitoso. Não deve fazer perguntas ou declarações. Filho da p..., vou xingá-lo no fórum", declarou Duterte à imprensa antes de voar para o Laos para participar na cúpula. "Vamos chafurdar na lama como porcos se fizer isso comigo", acrescentou.

Duterte deveria manter uma reunião bilateral com Obama nesta terça-feira, paralela ao encontro de líderes globais do Asean, a Associação de Nações do Sudeste Asiático na capital do Laos.

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Mas, um pouco depois das declarações de Duterte, Obama lançou dúvidas sobre se esse encontro ocorrerá. Classificando Duterte de "um cara pitoresco", o presidente americano informou que estava em consultas com sua equipe para saber se um eventual encontro seria útil. "Eu sempre quero ter certeza se vou ter uma reunião que seja realmente produtiva", afirmou a jornalistas.

Duterte foi eleito em maio passado com a promessa de realizar um limpa entre os traficantes de drogas do país.

Números oficiais divulgados no domingo mostram que, desde que Duterte assumiu o poder, cerca de 2,4 mil pessoas foram mortas em operações da polícia antidrogas.

Falando a respeito à margem da reunião do G20 na China, Obama disse que Washington reconhece que as drogas são um problema significativo para as Filipinas, mas insistiu que isso não impede que se tenha preocupações com a maneira que a nova administração filipinas está lidando com a questão. / AFP e EFE

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