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O blog da Internacional do Estadão

A semana em sete notícias

Leia abaixo as principais notícias internacionais da semana.

Por redacaointer
Atualização:

Domingo, 21 de fevereiro - O Brasil espera receber esta semana a aprovação do presidente haitiano, René Préval, para construir uma hidrelétrica de US$ 150 milhões que atenderá pelo menos 600 mil haitianos que vivem na capital, Porto Príncipe, e na cidade de Mirebalais. Se a obra for financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), como pretende o Palácio do Planalto, a licitação seria obrigatoriamente restrita a empreiteiras brasileiras.

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Segunda-feira, 22 de fevereiro - O assessor internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marco Aurélio Garcia, declarou durante entrevista que "as Malvinas têm de ser reintegradas à soberania argentina". Garcia disse ainda que na Cúpula da América Latina e Caribe (Calc), que começa hoje no balneário mexicano de Cancún, que "o Brasil manterá a posição histórica de solidariedade com a Argentina". A nova polêmica surgiu após a Grã-Bretanha decidir explorar petróleo na costa das Ilhas Malvinas, pelas quais Argentina e Grã-Bretanha travaram uma guerra em 1982.

Terça-feira, 23 de fevereiro - A presidente argentina, Cristina Kirchner, obteve em Cancún, no México, o respaldo dos presidentes latino-americanos e do Caribe para pedir à Grã-Bretanha a devolução das Ilhas Malvinas à Argentina. "Vamos insistir em nossa reivindicação", afirmou Cristina, perante 33 presidentes da região que participaram da reunião de cúpula. Mas, enquanto Cristina discursava, no Atlântico Sul, a 100 quilômetros das Malvinas, operários da companhia Desire Petroleum ignoravam os apelos latino-americanos e começavam a exploração do solo marítimo. Ali esperam encontrar petróleo, o pivô da nova crise diplomática e comercial entre Buenos Aires e Londres.

Quarta-feira, 24 de fevereiro - Paparicado por presidentes latino-americanos, chamado de "líder indiscutível" da região, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, condenou ontem a Organização das Nações Unidas (ONU) e o seu Conselho de Segurança por não se posicionarem em favor da soberania das Ilhas Malvinas pela Argentina. A declaração foi feita durante o discurso de Lula na Reunião de Cúpula de Países da América Latina e do Caribe (Calc), no balneário mexicano de Cancún.

Quinta-feira, 25 de fevereiro - Ao desembarcar em Cuba, onde se reuniu com o líder Fidel Castro e o presidente Raúl Castro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva irritou-se com as informações de grupos de direitos humanos cubanos, segundo as quais pediram uma audiência a ele para que intercedesse junto ao governo cubano em favor do preso político cubano Orlando Zapata Tamayo, que morreu na terça-feira após 85 dias de greve de fome. "Se tivessem pedido pra conversar comigo, eu teria conversado com eles e qualquer presidente teria conversado. Não nos recusamos a conversar", disse Lula. Ele afirmou que não recebeu nenhuma carta ou pedido para intermediar o caso e, se tivesse recebido, talvez pudesse ter procurado Zapata e evitado a morte dele porque é contra a greve de fome.

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Sexta-feira, 26 de fevereiro - O corpo do preso político cubano Orlando Zapata - que morreu na terça-feira após passar 85 dias em greve de fome - foi sepultado ontem em Banes, a 850 quilômetros a leste de Havana, sob um virtual estado de sítio. A cerimônia foi marcada pelo silêncio da imprensa local e por uma série de detenções de dissidentes, que foram proibidos de sair de casa e de viajar para comparecer ao enterro. 

Sábado, 27 de fevereiro - Os EUA levarão ao governo brasileiro um recado: é um "erro" o Brasil não apoiar sanções contra o Irã no Conselho de Segurança da ONU, disse o principal diplomata de Washington para a América Latina, Arturo Valenzuela. A secretária de Estado, Hillary Clinton, vai subir o tom em sua visita a Brasília na quarta-feira, nos encontros com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Hillary vai insistir na necessidade de unidade internacional para pressionar o Irã, segundo apurou o Estado.