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O blog da Internacional do Estadão

Acompanhe os últimos desdobramentos da crise egípcia

Um dia depois de resistir às pressões e não renunciar, contrariando as expectativas, Hosni Mubarak finalmente deixou o poder. O vice-presidente Omar Suleiman foi à televisão estatal e anunciou que Mubarak havia deixado o poder e incumbido o Conselho das Forças Armadas a dirigir o país. A ditadura de 30 anos no Egito acabou e o povo está em festa.

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Por redacaointer
Atualização:

Acompanhe aqui no Radar Global os últimos desdobramentos da crise egípcia e acesse o blog de Gustavo Chacra para mais análises sobre a situação no Egito e siga-nos no Twitter (@inter_estadao) para receber as principais informações do assunto.

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Veja também o que aconteceu em cada um dos dias de protesto no Egito desde 25 de janeiro, quando a crise começou.

22h00 - Encerramos aqui nosso acompanhamento dos protestos no Egito, que culminaram com a renúncia de Hosni Mubarak e o com o fim de uma ditadura de 30 anos. Agradecemos a audiência dos que nos acompanharam.

21h46 - Mohamed ElBaradei também se manifestou no Twitter mais recentemente. "O Egito hoje é uma nação orgulhosa e livre. Deus nos abençoe", escreveu o opositor.

21h43 - No Egito, já são quase 2 horas da madrugada. São quase 8 horas desde a renúncia de Mubarak. Os egípcios ainda estão nas ruas e não dão sinal de que sairão tão cedo.

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21h26 - Wael Ghonim acaba de dar uma entrevista à CNN. Ele elogiou a imprensa, que cobriu os protestos no Egito, e aplaudiu todos os que, de alguma forma, ajudara na queda de Mubarak.

No Twitter, o ativista também fez uma série de apelos. Ele pediu que "todos os egípcios bem educados devem voltar para ajudar a reconstruir o país". Ele também disse que "não quer ser o rosto da revolução, pois todos os egípcios são o rosto da revolução."

21h21 - O preço do petróleo, que havia subido significativamente durante a crise egípcia, dá sinais de que vai voltar a níveis anteriores aos protestos. O mundo elevou a preocupação em torno do preço do petróleo devido aos protestos em Suez. Pelo canal de Suez passa cerca de 2,5% da oferta mundial do produto.

21h12 - A CNN reporta que os egípcios na Praça Tahrir estão pedindo que Mubarak seja levado a julgamento. Mubarak comandou o Egito por 30 anos com mãos de ferro e é acusado de perseguir opositores e abusar do poder presidencial para reprimir adversários.

20h52 - Em novo discurso sobre o Egito, Ban Ki-moon diz que os protestos são "um claro lembrete" da necessidade da paz e de oportunidades econômicas para que haja estabilidade política.

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20h04 - Amr Moussa, secretário-geral da Liga Árabe, anuncia que deixará o cargo em breve. Moussa é considerado um potencial candidato para a presidência no Egito, mas não tocou no assunto no seu discurso. Veja mais informações aqui.

19h32 - O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que é importante que as novas lideranças no Egito respeitem os acordos de paz de Camp David firmado com Israel.

Os acordos de Camp David foram assinados pelo ex-presidente egípcio Anwar Sadat e pelo primeiro-ministro israelense Menachem Begin, sob a tutela do presidente americano Jimmy Carter e selaram a paz entre Egito e Israel.

19h06 - Itamaraty espera que transição no Egito respeite liberdades políticas e civis. Veja mais informações aqui.

18h44 - O ministro de Exteriores da Jordânia, Nasser Judeh, disse que o Egito é "um pilar para a região" e desejou "estabilidade, segurança e prosperidade". No Twitter, ele disse que a Jordânia "respeita a liberdade de escolha" dos egípcios e confia que os militares levarão o país a "uma nova era".

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18h39 - Algumas das capas dos sites de importantes jornais de todo o mundo.

The New York Times, EUA

The Guardian, Reino Unido

El País, Espanha

 Clarín, Argentina

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18h32 - No sul de Beirute e no sul do Líbano, onde o Hezbollah se concentra, centenas de pessoas foram às ruas comemorar a renúncia de Mubarak com tiros e fogos de artifício.

Em um comunicado, o Hezbollah parabenizou o povo egípcio pela "histórica vitória com a revolução". Um porta-voz do grupo disse que o Hezbollah aplaude "a unidade do povo egípcio, jovens e velhos, homens e mulheres que mostraram que o sangue é mais forte que a espada".

18h21 - Mais sobre o discurso do presidente americano. Ele disse que a renúncia de Mubarak é só o começo da democracia no Egito, colocou os EUA à disposição dos egípcios e afirmou que o país do norte da África "nunca mais será o mesmo".

18h15 - Obama sobre o Egito:

"Vimos uma nova geração surgir durante a revolução"

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"Os egípcios mudaram seu país, e assim, mudaram também o mundo"

"A revolução mostra o poder da dignidade humana. O dia de hoje pertence ao povo egípcio"

17h56 - Imagem geral da Praça Tahrir.

17h36 - Obama falará às 15 horas dos EUA (18 horas no Brasil).

17h31 - Veja aqui mais reações de governos e autoridades internacionais sobre a renúncia de Mubarak no Egito.

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17h23 - O movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, pediu que as novas lideranças do Egito "suspendam o cerco contra Gaza e abram a passagem de Rafah para assegurar o livre movimento entre o Egito e a Palestina e para iniciar o desenvolvimento e a construção de Gaza". O território palestinos faz fronteira com a região do Sinai, no Egito.

17h14 - Adriana Carranca fala sobre o papel da internet na Revolução do Egito.

17h06 - O correspondente Gustavo Chacra analisa a queda de Mubarak e fala sobre as mudanças no Egito e no povo árabe.

16h46 - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse que respeita a "decisão difícil" tomada por Mubarak para renunciar e reiterou os pedidos para uma "transição ordenada e pacífica".

16h43 - A Irmandade Muçulmana, o principal e mais organizado bloco de oposição do país, celebrou o "triunfo pacífico do povo egípcio" e o "começo de uma nova etapa". "A queda do regime tirano de Mubarak supõe o passo principal para o começo de um novo e longo caminho", disse o porta-voz do grupo, que era considerado ilegal sob o governo do ditador.

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16h41 - No comunicado, o Exército confirmou que não vai abolir a autoridade civil e que só controlará o país durante o período de transição. Os militares ainda agradeceram os serviços de Mubarak pelo país e saudaram os "mártires da revolução".

16h35 - Um funcionário do governo da Suíça disse à CNN que as autoridades do país congelaram "todos os possíveis ativos" que Mubarak e seus parentes têm nas instituições bancárias suíças.

16h32 - O Conselho do Exército acaba de falar na televisão estatal.

16h29 - Mais imagens da Praça Tahrir.

16h15 - De acordo com o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, Barack Obama não conversou com Suleiman ou com Mubarak antes do anúncio desta sexta-feira. Na quinta, o presidente americano havia pedido mudanças imediatas e genuínas no país.

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16h10 - Vídeo da Al-Jazira com a reação dos egípcios após o anúncio de Mubarak.

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15h52 - Um membro das Força Armadas do Egito disse à CNN que o Conselho do Exército está reunido e discutindo se o governo e o Parlamento da ditadura de Mubarak serão dissolvidos e sobre uma possível nova data para as eleições. Um anúncio sobre o assunto pode ser feito ainda nesta sexta.

15h47 - Curiosidade: Em 11 de fevereiro de 1979, ocorria a Revolução Islâmica no Irã. Exatos 32 anos depois, acaba a ditadura de 30 anos de Mubarak.

15h40 - Ayman Nour, líder do partido de oposição El Ghad:

"As pessoas estão se abraçando, comemorando uma com as outras, mesmo sem se conhecerem. A partir de agora, vamos conhecer uma sociedade de mudanças. O cenário no Egito vai mudar. Haverá reformas políticas, econômicas, eleições livres".

"Esperamos por anos, batalhamos anos contra esse tirano, por melhores reformas, por um país democrático e livre. Agora nós teremos um período de transição. Desde o começo da revolução, o Exército esteve ao lado do povo. Devemos virar a página de Mubarak e libertar o Egito."

"É um pouco cedo pra falar disso (sobre a possibilidade de ele se candidatar à presidência, como já fez antes). Mas se houver um consenso do partido para que eu concorra, eu o farei".

15h16 - Mais reações sobre a renúncia de Mubarak:

"Precisamos reconstruir o intelecto e a cultura do Egito" - Mohamed ElBaradei, opositor

"O Egito leva o mundo árabe a uma nova era. Vamos fazer essa era melhor que as outras" - Khalid al-Khalifa, Ministro de Exteriores do Bahrein

"Os egípcios estão buscando um futuro diferente, um futuro melhor" - Amre Moussa, secretário-geral da Liga Árabe

15h07 - Imagem da festa na Praça Tahrir:

14h59 - Wael Ghonim, em entrevista à CNN:

"Estou orgulhoso de ser egípcio, do Egito e de seu povo. Parabéns a todos egípcios. A Hosni Mubarak, Omar Suleiman e todas pessoas que acreditam que estar no poder dá direito a ignorar o povo: Nós temos escolha. Basta para vocês. Somos mais fortes do que todos eles (na ditadura)".

 14h55 - O presidente dos EUA, Barack Obama, estava em uma reunião no Salão Oval da Casa Branca quando ficou sabendo da renúncia de Mubarak. Ele assistiu as imagens da televisão por uns instantes. Obama fará um discurso ainda hoje na televisão.

14h50 - Buzinas e fogos de artifício ainda são ouvidos no Cairo quase uma hora depois do anúncio da renúncia de Mubarak, segundo o enviado da CNN. Há tanques do Exército no meio dos manifestantes. Até quando vai a festa? "Provavelmente a noite inteira", disse um repórter da Al-Jazira. "É impressionante".

14h43 - No Twitter, Wael Ghonim, ativista e executivo do Google que se tornou símbolo dos protestos, disse que "os verdadeiros heróis são os jovens egípcios na Praça Tahrir e no resto do Egito".

14h33 - "É uma explosão de emoção, uma explosão de felicidade", diz um entrevistado à Al-Jazira. "Nunca vi nada igual na minha vida".

14h23 - O opositor Mohamed ElBaradei disse à Associated Press que esse "é o melhor dia" de sua vida. "O país está livre após décadas de reperssão", disse.

14h20 - Os repórteres da Al-Jazira que estão no Cairo e nas outras cidades egípcias não conseguiram falar com o canal por cerca de três minutos após o anúncio, de tão ensurdecedor que o barulho era. Quando conseguiram, disseram que a situação na Praça Tahrir é "indescritível".

14h16 - O breve discurso de Suleiman:

"Nessas difíceis circunstâncias pelas quais o país tem passado, o presidente Hosni Mubarak decidiu deixar a presidência. Ele incumbiu o Conselho das Forças Armadas para dirigir os assuntos do Estado".

14h10 - A Praça Tahrir é uma festa completa. Os egípcios comemoram como se fosse a própria independência do país.

14h07 - "O Egito está livre!", grita a multidão na Praça Tahrir.

14h05 - Omar Suleiman aparece na televisão estatal e em um breve comunicado, anuncia:

"O presidente Hosni Mubarak passou seus poderes às Forças Armadas do país".

Mubarak oficialmente renuncia e a ditadura de 30 anos termina.

13h58 - Mudança de postura do Exército no Cairo é aprovada pelos manifstantes - em frente à televisão estatal, os soldados deixam os próprios manifestantes controlarem o fluxo do público; em frente ao palácio presidencial, os tanques não apontam mais suas metralhadoras para a multidão.

13:36: Cerca de mil egípcios atacaram uma estação policial na cidade de El-Arish, no norte da península do Sinai. Houve troca de tiros e eles tentaram incendiar carros com coquetéis molotov.

13:06: Helicópteros militares chegaram ao palácio presidencial do Cairo, diz a Al-Jazira.

12:39: A presidência egípcia fará um comunicado urgente e importante em breve, informou a TV estatal, segundo a BBC.

12:22: O rapper Wyclef Jean (Ex-Fugees), aquele que quase foi candidato à presidência do Haiti, divulgou uma música no YouTube de apoio aos protestos no Egito.  A canção se chama 'Freedom' (Liberdade).  

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12:10: De acordo com o Guardian, o vice-presidente Omar Suleiman,  o ministro da Defesa Mohammed Hussein Tantawi e o chefe de gabinete Sami Einan são os principais nomes do governo que resistem às pressões americanas pela saída de Mubarak. 

12:03:  Foto mostra a dimensão dos protestos na Praça Tahrir (Khaled ElFiqi/Efe):

11h52: O primeiro-ministro dinamarquês, Lars Rasmussen, foi o primeiro líder europeu a defender a renúncia do ditador. "Mubarak já era. Precisa renunciar. Ele cometeu um erro gigante ontem", disse.

11h47: De acordo com um ativista citado pelo jornal britânico The Guardian, manifestações acontecem também em cidades mennores, como  Damietta , Damnhur, Asuit, Sohag, Bani Swfi, Port Said e  Mansoura

11h44: Segundo a Al-Jazira, milhares de pessoas estão deixando a praça Tahrir rumo ao prédio da TV estatal, onde já estão cerca de mil pessoas

11h41: Além do Cairo e Alexandria, manifestantes também tomaram as ruas de Mahala, Tanta,  Ismailia, e Suez. Eles cantam 'Mubarak deve ir embora!'

11h00: Aqui vai um resumo da manhã: Centenas de milhares de manifestantes tomaram a praça Tahrir no Cairo. Durante as orações, um ímã pediu que os manifestantes continuassem com os protestos e não desistissem. O Exército divulgou um comunicado de apoio a Mubarak. A TV Al-Arabya informou que a família de Mubarak deixou o Cairo, provavelmente rumo a Sharm el-Sheik, nas margens do Mar Vermelho. Cresceu a pressão internacional pela renúncia do ditador. Um dos líders da oposição, Mohammed El-Baradei, que não sabe mais quem comanda o país.

*******************************Sexta-feira, 11 de fevereiro************************************

23h42 - O Radar Global segue amanhã com mais informações sobre os protestos no Egito.

23h34 - "O futuro do Egito será determinado pelos egípcios. Mas os EUA acreditam que os direitos universais do povo devem ser respeitados, e suas aspirações devem ser atendidas. Acreditamos que a transição deve demonstrar mudanças políticas irreversíveis imediatamente", disse Obama. Veja aqui mais sobre o discurso do presidente americano.

23h18 - Obama se mostrou insatisfeito com as palavras de Mubarak. Ele pediu ao egípcio que seja mais claro com o povo, que ainda não se convenceu das propostas do governo. O americano pediu "uma democracia genuína" no Egito.

23h01 - Obama está falando sobre a decisão de Mubarak.

22h51 - Os organizadores dos protestos estão convocado uma marcha de 20 milhões de egípcios para depois das orações de amanhã, segundo a Al-Jazira.

22h35 - A CNN reporta que ao menos mil manifestantes estão em frente ao Palácio Presidencial. Também há grande presença das forças de segurança nas proximidades.

22h00 - O correspondente Gustavo Chacra esclarece quem tem o poder no Egito:

Omar Suleiman assumiu os poderes no Egito. Apenas não pode, por lei, realizar emendas constitucionais, dissolver o Parlamento e demitir o gabinete. Até as Forças Armadas estão sob o seu comando. As informações são do Ministério das Relações Exteriores do Egito e foram passadas pelo embaixador em Washington.

Aparentemente, tudo foi acordado com os EUA. A confusão ocorreu porque Hosni Mubarak não foi claro em seu discurso. Ele disse apenas que "transferia poderes" para Suleiman, mas não disse quais. A partir de agora, ele é uma espécie de rainha da Inglaterra.

Se renunciasse, Mubarak teria que passar o poder para o presidente do Parlamento, e não para o vice, pela Constituição. Da forma como está, haveria eleição presidencial em setembro e o futuro presidente dissolveria o Parlamento. Mas, para entender direito, apenas estudando direito constitucional egípcio.

21h50 - Todos os entrevistados da Al-Jazira afirmam que a decisão de Mubarak só vai aumentar os protestos. Eles dizem que "os manifestantes ganharam energia", que "haverá batalhas", que "a Praça Tahrir está em chamas" e que "são os dias finais de Mubarak".

21h26 - "Suleiman e Mubarak são 'gêmeos'. Nenhum dos dois é aceitável para o povo. Pelo bem do país, eles devem sair", diz Mohamed ElBaradei à CNN. O opositor ainda disse que não sabe de qual lado o Exército está.

21h20 - Segundo o embaixador do Egito nos EUA, Sameh Shoukry, Mubarak transferiu todos os seus poderes efetivos para Suleiman, o que torna o ex-chefe de inteligência o presidente de facto do país.

Assim, Suleiman é o chefe de Estado e tem os militares e o Ministério do Interior sob seu controle. Ele, porém, não tem poderes para dissolver o Parlamento ou fazer emendas à Constituição.

21h13 - De acordo com o fuso-horário do Egito, já entramos no 18º dia de protestos. Veja aqui o que aconteceu de mais importante em cada dia de manifestações.

21h05 - O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que o presidente dos EUA, Barack Obama, está reunido com sua equipe de segurança nacional para discutir a situação no Egito.

A CNN citou uma fonte não identificada do governo americano dizendo que o discurso de Mubarak "não foi o que disseram que ia acontecer nem o que os EUA queriam ouvir".

20h57 - No Twitter, o opositor ElBaradei diz: "O Egito vai explodir. O Exército precisa salvar o país agora".

20h52 - Veja o que Mubarak pretende mudar na Constituição do Egito.

20h27 - Os entrevistados do canal Al-Jazira dizem que os egípcios parecem não acreditar no que ouviram há pouco. Todos estavam certos da saída de Mubarak. O temor agora é de que haja uma onda de violência.

20h03 - Veja alguns dos aspectos que levaram às pressões populares contra Mubarak no especial da nossa equipe - A lenta agonia de Hosni Mubarak.

19h41 - Os principais trechos do discurso de Suleiman:

"Abrimos a porta para o diálogo. Chegamos a um acordo. Elaboramos um plano para atender a maioria das demandas. A porta ainda está aberta".

"Estou comprometido a realizar o que for necessário para assegurar a transição pacífica de acordo com a Constituição. Vamos implementar todos os procedimentos que prometemos".

"Peço que todos os cidadãos olhem para frente, e que, por nossas mãos, possamos fazer deste um futuro brilhante, com democracia e ordem. Vamos dar as mãos e marchar no caminho das demandas dos jovens".

"Chamo os jovens do país a voltar para casa, a voltar para o trabalho. O país precisa de suas mãos. Vamos dar as mãos. Não ouçam os canais de televisão, ouçam apenas suas consciências e seus corações".

19h35 - Omar Suleiman, vice-presidente, está falando na televisão estatal.

19h33 - Há relatos de que os manifestantes estão deixando a Praça Tahrir e rumando para o Palácio Presidencial e para a sede da televisão estatal. A multidão está furiosa. Todos os canais relatam a ira dos manifestantes.

19h25 - A repórter da rede Al-Jazira na Praça Tahrir relata como os ânimos na praça mudaram.

"Houve um momento em que a Praça estava completamente silenciosa, todos ouviam ao pronunciamento. Mas mal pode-se ouvir o fim do discurso, porque no meio dele as pessoas tinham pecebido que Mubarak não renunciaria".

"O clima de festa, com cantos e danças, desapareceu. Os ânimos agora são de ira, a multidão está gritando e agitando os sapatos contra a imagem de Mubarak. As pessoas estão saindo da Praça e gritando por ruas próximas".

19h18 - Os egípcios reunidos na Praça Tahrir, no cento do Cairo, e em Alexandria estão furiosos com a notícia de que Mubarak não vá renunciar. Há temores de que haja uma onda de violência no país.

19h09 - Mubarak inicia o discurso com 50 minutos de atraso. O presidente confirma que não renunciará e diz que "seguirá o caminho da transição pacífica até setembro". Veja outros trechos de seu discurso.

"Atenderei às demandas do povo e isso é um compromisso que não pode ser revertido. Estou comprometido a cumprir minhas promessas".

"Não me candidatarei à próxima eleição presidencial e estou satisfeito com o que fiz para nossa pátria em mais de 60 anos durante períodos de paz e de guerra".

"Deixei clara minha visão sobre como resolver a crise. Fiz seis emendas constitucionais e anulei outra. Confirmo que estou pronto para propor ou fazer novas emendas, conforme for necessário".

"Vou trabalhar pela transição pacífica do povo. Queremos tirar o país destes momentos difíceis".

"Não vou sucumbir a pressões estrangeiras. Amo o Egito, trabalhei duro pelo país e nunca tentei ter mais poder. A maioria das pessoas sabem quem é Hosni Mubarak e me dói o coração ver e ouvir o que meu próprio povo faz e diz".

"Todos os egípcios estão do mesmo lado. Devemos continuar o diálogo que começamos, sem inimizade, para restaurar a confiança em nossa economia, na paz e na estabilidade dos nosso cidadãos e para normalizar a vida nas ruas egípcias".

Mubarak disse que "viveu pelo Egito e vai morrer pelo Egito". "Não me separarei dessa terra até que eu seja enterrado sob ela".

18h40 - Segundo informações da Al-Arabiya, há fontes dizendo que no discurso, Mubarak não anunciará sua renúncia, mas a suspensão de todas as leis de emergência que estão em vigor no país desde 1981.

18h34 - Enquanto Mubarak não fala e os manifestantes seguem na Praça Tahrir, a televisão estatal do Egito transmite um vídeo promocional do país, mostrando as praias e pontos turísticos nacionais.

18h12 - O pronunciamento de Mubarak estava marcado para as 22 horas locais (18 horas em Brasília). O presidente não falou até agora e a multidão na Praça Tahrir aguarda ansiosa as declarações.

17h45 - O site do jornal britânico The Guardian postou um vídeo com manifestantes que pedem a renúncia de Mubarak. Clique para ver.

17h30 - Wael Ghonim escreveu em seu perfil no Twitter que está indo para a Praça Tahrir. O Exército, porém, anunciou que fechou as principais entradas para o local. A medida parece ter o objetivo de impedir a violência após um eventual anúncio da permanência de Mubarak.

16h50 - Mesmo sem a confirmação da renúncia de Mubarak e com as declarações do ministro da Informação de que o presidente não vai sair do poder, os manifestantes, que lotam a Praça Tahrir, dançam e agitam bandeiras no local. É como se o povo já estivesse comemorando a vitória.

16h40 - Obama falou pouco sobre o Egito na entrevista que está dando em Marquette, Michigan. Aqui estão as declarações do presidente americano sobre o país do norte da África.

"Estamos seguindo de perto o que está acontecendo no Egito"

"Está claro que estamos testemunhando a história. É um momento de transformações, e isso está acontecendo porque o povo está pedindo mudanças".

"Uma nova geração quer que suas vozes sejam ouvidas. Os EUA querem que todos saibam que continuaremos a fazer tudo que pudermos por uma transição ordenada para a democracia no Egito".

16h33 - O primeiro-ministro Ahmed Shafik disse na televisão estatal que "nenhuma decisão foi tomada" e que qualquer atitude "está nas mãos do presidente Hosni Mubarak".

16h25 - Segundo a Al-Jazira, membros da oposição estão preocupados com a possibilidade de os militares assumirem o poder no Egito. "Parece um golpe militar. Estou preocupado. O problema não é o presidente, e sim o regime", disse Essam al-Erian, da Irmandade Muçulmana, o principal bloco de oposição do país.

16h20 - Obama deve fazer pronunciamento em breve sobre a crise no Egito.

16h07 - Na contra-mão de todas as informações desta quinta-feira, o Ministro da Informação negou que Mubarak vá renunciar, de acordo com informações da CNN.

16h03 - Mubarak teria encerrado a reunião com Suleiman e iniciado um encontro com o primeiro-ministro, Ahmed Shafik.

16h00 - Segundo informações do canal americano CNN, um membro do alto escalão do PND confirmou que Mubarak deixará o poder nesta noite e o passará para os militares. Ele afirma que a tomada dos militares "não é um golpe, e sim um consenso".

Os manifestantes no centro do Cairo, porém, gritam "civil, civil", em meio aos rumores de que o Exército assumirá.

15h56 - O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que a situação é imprevisível no Egito. "Temos que esperar para ver o que vai acontecer".

15h25 - Mubarak está em reunião com o vice-presidente, Omar Suleiman, no palácio presidencial. Suleiman deve receber os poderes se Mubarak renunciar.

A Praça Tahrir está novamente cheia de manifestantes. O Exército também amplia a presença no centro do Cairo.

14h57 - O canal Al-Jazira afirma que a presença militar aumentou no Cairo desde o anúncio do Exército na televisão estatal. A Praça Tahrir, onde se concentram os manifestantes, já está lotada.

14h45 - Segundo o canal Al-Arabiya, Mubarak teria ido ao resort de Sharm el-Sheikh com seu chefe de gabinete. Não há confirmações sobre essa informação.

14h37 - A televisão estatal anuncia que Mubarak fará um importante discurso ainda nesta quinta.

14h35 - O chefe do Partido Nacional Democrático (PND), a legenda de Mubarak, Hossan Badrawi, disse que seria surpreendente "se o presidente continuasse no cargo até amanhã". "A atitude certa agora seria fazer algo que satisfaça os manifestantes", disse Badrawi.

14h32 - O Exército anunciou que fará um comunicado importante ainda nesta quinta. Na televisão, os militares disseram que vão interferir na crise política para "salvaguardar o país". O general Hassan al-Roueini, comandante militar da área do Cairo, disse aos manifestantes que "todas as suas demandas seriam cumpridas" nesta quinta. A principal delas é a renúncia de Mubarak.

14h20 - O chefe da Agência Central de Inteligência (CIA) dos EUA, Leon Panetta, disse que "há uma grande possibilidade de que Mubarak deixe o poder nesta quinta".

Wael Ghonim, ativista e executivo do Google que se tornou símbolo dos protestos ao ser libertado na segunda-feira após quase duas semanas preso, já comemorava no Twitter a queda do ditador. "Missão cumprida. Obrigado a todos os egípcios", escreveu ele em seu perfil.

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