O líder do Taleban, mulá Akhtar Mansour, morto no sábado por um drone americano, liderava a rebelião desde julho de 2015, após a confirmação da morte de seu antecessor, o misterioso mulá Omar.
Considerado, inicialmente, favorável às negociações de paz com o governo afegão, Mansour rejeitou sentar-se à mesa de negociações logo que assumiu o comando do grupo.
Assim como o mulá Omar, Mansour nasceu nos anos 1960, na Província de Kandahar, reduto pashtun e origem da rebelião taleban que governou o Afeganistão de 1996 a 2001.
Como Omar, que fugia de câmeras e aparições públicas, Mansour apareceu em poucas fotos. Nestas, podia-se ver um homem de barba preta espessa e turbante.
Mansur passou boa parte de sua juventude no Paquistão, como milhões de afegãos que fugiam da guerra. Ao longo do tempo, criou vínculos com o serviço secreto paquistanês, o ISI, acusado regularmente pelo governo do Afeganistão de ter criado e alimentado a rebelião taleban.
O começo de Mansour como chefe foi complicado. Foi acusado de traição, por ter escondido por mais de um ano a morte do mulá Omar ou por não respeitar o processo normal de sucessão. Mas conseguiu consolidar-se rapidamente no poder.
Sob seu comando, o Taleban ganhou força, obrigando as forças do governo a evitar uma expansão da rebelião, e realizou vários atentados. / AFP