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As ditaduras que correm risco de cair

A revista Time montou uma lista de dez ditaduras cujos governos estão mais fracos do que já foram um dia e que podem cair, a exemplo do que aconteceu com o ex-presidente da Tunísia Zine Ben Ali. Veja:

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Por Luiz Raatz
Atualização:

Hosni Mubarak

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O presidente do Egito, que há nove dias enfrenta protestos maciços pela sua renúncia, é o primeiro da lista. No poder desde a morte de Anwar Sadat, em 1981, Mubarak governa com mão de ferro o país. A polícia é conhecida pela violência na repressão a opositores. Denúncias de fraude envolveram as últimas eleições e uma mudança no status quo já é inevitável.

Ali Abdullah Saleh

No poder há 32 anos, o presidente do Iêmen governa o país mais pobre do Oriente Médio, dividido entre tribos e clãs, que abrigam a franquia da Al-Qaeda na Península Arábica. Após os protestos na Tunísia e no Egito, o país também viu protestos contra o presidente e a corrupção. Saleh, assim como Mubarak, prometeu desistir de concorrer à reeleição.

Kim Jong-il

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Líder da ditadura mais fechada do mundo, Kim Jong-il indicou seu filho Kim Jong-un, um jovem de 20 e poucos anos para sucedê-lo. Em meio ao impasse sobre o programa nuclear e o conflito com a Coreia do Sul, Pyongyang enfrenta também problemas com a distribuição de comida. A incerteza provocada pela sucessão, dizem analistas, pode provocar um golpe contra a família de Kim. 

Alexander LukashenkoDescrito como 'o último ditador da Europa', Lukashenko governa a ex-república soviética da Bielo-Rússia há 16 anos. Após a queda do regime soviético, O bielo-russo evitou um impeachment em 1996 e desde então governa o país com mão de ferro. A imprensa é censurada, e dissidentes, perseguidos. Na última eleição, na qual foi reeleito com 80% dos votos, houve denúncias de fraude generalizada. O país enfrenta sanções da comunidade internacional.

Omar Hassan al-Bashir

O presidente do Sudão tem um mandado de prisão contra ele emitido pelo tribunal penal de Haia por crimes contra a humanidade cometidos durante o conflito de Darfur, no sul do país. Neste ano, a região optou por se separar do país em um referendo. No norte, Bashir tem enfrentado protestos similares ao do Egito e da Tunísia

Mahmoud Ahmadinejad

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Um ano e meio antes da Revolução de Jasmin, os iranianos tomaram as ruas do país na 'Revolução Verde' para protestar contra fraudes nas eleições presidenciais do Irã. A reação do regime dos aiatolás foi brutal. A internet foi censurada e os manifestantes perseguidos. Desde os confrontos, Ahmadinejad tem enfrentado uma oposição maior de alguns clérigos do próprio regime.

Robert Mugabe

Único presidente da história do Zimbábue, e no poder desde 1980, Mugabe governa um país onde a inflação é incalculável e o dinheiro já perdeu o valor de face. Após uma crise política em 2008, iniciada após o ditador não reconhecer a derrota em eleições, um acordo de coalizão foi costurado com a oposição. 

Rahmon Emomali

O presidente do Tajiquistão, no poder desde 1992, governa um dos países mais pobres do antigo bloco soviético. Fronteiriço com países conturbados, como o Afeganistão e o Paquistão, o Tajiquistão tem tido problemas nos últimos anos por ser rota de tráfico de ópio e heroína.

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Casa de Saud

No poder desde o início do século XX, a família real saudita governa o país como uma monarquia absolutista, no qual a lei islâmica, a Sharia, é seguida à risca. Um dos principais aliados dos EUA no Oriente Médio, a Arábia Saudita detém 25% das reservas mundiais de petróleo. A presença de radicais islâmicos no território é o maior risco para o regime.

Abdelaziz Bouteflika

No comando da Argélia desde 1999, quando venceu uma guerra civil contra radicais islâmicos, Bouteflika tem enfrentado severas dificuldades econômicas. No começo de janeiro, protestos similares aos da Tunísia ameaçaram irromper no país.

Leia a íntegra no site da revista Time

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