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Cronologia: Do referendo à saída de fato do Reino Unido da União Europeia

Relembre os principais momentos do processo do Brexit, iniciado com o referendo ocorrido em junho de 2016

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Por Redação Internacional
Atualização:

Londres anuncia formalmente nesta quarta-feira, 29, aos demais membros da União Europeia (UE) que deixará o bloco, invocando o Artigo 50 do Tratado de Lisboa.

Veja abaixo os momentos mais importantes do processo desde que, há nove meses, os britânicos votaram pela saída do país do bloco no referendo realizado no dia 23 de junho.

Bandeira da União Europeia em frente ao Big Ben, em Londres ( Foto: EFE/ANDY RAIN)

- 2016

Britânicos votam a favor do Brexit

No dia 23 de junho, 17,4 milhões de britânicos votaram pelo fim de 43 anos de integração com União Europeia. A escolha pelo Brexit venceu por 52% a 48%.

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Libra despenca

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O resultado do referendo surpreendeu as bolsas de valores, que logo se recuperaram. Já o efeito sobre a libra foi mais duradouro: desde 23 de junho ela se desvalorizou mais de 15% em relação ao euro e ao dólar.

Mudança de governo

No dia 24 de junho, um dia após o referendo, o primeiro ministro conservador David Cameron, que convocou o referendo e liderou a campanha a favor da permanência na UE, apresentou sua renúncia. Na corrida para sucessão, o rosto mais conhecido da campanha, a favor da ruptura com o bloco, o ex-prefeito de Londres Boris Johnson, se retirou surpreendentemente no último minuto, cedendo lugar para uma figura de consenso: a então ministra do Interior, Theresa May.

Ascensão dos partidários do Brexit

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No dia 13 de julho, May foi nomeada primeira-ministra e colocou três importantes eurocéticos em postos-chave do governo, prometendo que o Brexit não teria volta. Johnson foi nomeado ministro das Relações Exteriores, Liam Fox de Comércio Internacional, e David Davis como ministro de uma nova pasta, a do Brexit, encarregada de administrar a saída do bloco.

Prazos para o Brexit concretizados

No dia 2 de outubro, May anunciou que, em março de 2017, no máximo, ativaria o Artigo 50 do Tratado de Lisboa, mecanismo formal para abandonar a UE, em um prazo de dois anos de negociações.

Recusa judicial

No dia 3 de novembro, a Alta Corte decidiu que o governo precisava da aprovação parlamentar para iniciar o processo de Brexit. Em 24 de janeiro de 2017, a Suprema Corte confirmou a decisão, embora tenha afirmado que o governo não tinha obrigação de consultar a Escócia, a Irlanda do Norte e o País de Gales nas negociações.

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- 2017

Ruptura

No dia 17 de janeiro, May pronunciou um discurso expondo sua estratégia para o Brexit. Antes, ela havia prometido reduzir a imigração procedente da UE e, pela primeira vez, admitiu que isso custaria ao Reino Unido o abandono do mercado único europeu. Além disso, ameaçou deixar o bloco sem pacto: "Nenhum acordo é melhor do que um acordo ruim".

Trump apoia Londres

No dia 27 de janeiro, May se tornou a primeira líder estrangeira a ser recebida na Casa Branca pelo recém-eleito presidente dos EUA, Donald Trump. Ele qualificou de "maravilhosa" a decisão do Reino Unido de deixar a UE e elogiou a "relação especial" entre os dois países.

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Parlamento apoia Brexit

No dia 13 de março, o Parlamento aprovou a lei que deu aval a May para iniciar a ruptura com a UE, descartando emendas que pediam respeito aos direitos dos europeus que vivem no Reino Unido, e outra pedindo uma votação parlamentar sobre o acordo resultante das negociações entre UE e Londres.

Revolta escocesa

No dia 13 de março, a chefe do governo regional escocês, a nacionalista Nicola Sturgeon, anunciou que solicitará permissão ao Parlamento regional para convocar um novo referendo de independência do Reino Unido, alegando que May ignora as necessidades da Escócia no Brexit, particularmente a vontade para permanecer no mercado único europeu.

Início da ruptura

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No dia 20 de março, o governo britânico anunciou que nove dias depois notificaria oficialmente sua saída aos sócios europeus, ao ativar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa, dando início a dois anos de negociações. / AFP

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