Luciana Garbin, Enviada Especial / Porto Príncipe
Em encontro com o ministro da Defesa brasileiro, Raul Jungmann, o primeiro-ministro haitiano, Jack Guy Lafontant, agradeceu pelo que foi feito pelas tropas brasileiras desde 2004 e pelo que o Brasil ainda fará. Ele lembrou da ajuda do País principalmente em momentos difíceis, como o terremoto de 2010, e indicou preocupação com o futuro. "Com a partida da Minustah, o Haiti volta à vulnerabilidade", afirmou, em relação a catástrofes naturais como terremotos e furacões, que frequentemente golpeiam o país.
A Minustah chegou ao Haiti após a instabilidade provocada pela queda do presidente Jean Baptiste Aristide. Nos 13 anos de operações, 37.008 militares participaram da missão, a maioria do Exército. Um número bem maior que o do primeiro efetivo enviado em 2004, que somava 1,2 mil homens saídos da região gaúcha de São Leopoldo, onde, desde meados da década de 90, o Exército mantinha unidade preparada para atuar como tropa de paz, com integrantes treinados em Angola, Moçambique e Timor Leste.
A Minustah é a quinta missão de paz no Haiti desde 1993. Para evitar que o fim dela mergulhe o país novamente na instabilidade, a ONU deve instituir uma nova missão por pelo menos mais seis meses. Com ajuda do Brasil, também está sendo feito um manual sobre emprego de tropas de engenharia.