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Dois ex-presos de Guantánamo vão se casar com uruguaias em Montevidéu

Os homens foram enviados ao país em dezembro como parte da política de Mujica de ajudar o presidente americano a fechar a prisão

Por Redação Internacional
Atualização:

MONTEVIDÉU - Dois dos seis ex-presos de Guantánamo que foram enviados ao Uruguai como refugiados se casarão com suas namoradas uruguaias, disseram à Agência Efe na quinta-feira fontes ligadas aos homens, que chegaram ao país em dezembro do ano passado. As duas cerimônias ocorrerão dia 6 de junho em uma mesquita de Montevidéu.

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O sírio Abd al Hadi Omar Mahmoud Faraj, de 40 anos, e o tunisiano Abdul Bin Mohammed Ourgy, de 50, se casarão com duas mulheres muçulmanas. Alguns dos ex-prisioneiros devem ser padrinhos padrinhos.

"Não será algo grande, será bem mais íntimo", acrescentaram as fontes, que não informaram qual foi o lugar escolhido para celebrar a festa posterior ao ato religioso.

Christian Mirza, o mediador escolhido pelo governo do país sul-americano no mês passado para destravar a situação de cinco dos ex-detentos, que se negavam a assinar um documento que regulava sua vida no país, disse que o novo estado civil de dois deles não será inconveniente para receber a ajuda econômica de 15 mil pesos mensais (cerca de R$ 1.800) concedida pelo governo.

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No dia 19, quatro dos ex-prisioneiros - entre eles os dois homens que vão se casar - encerraram um protesto de quase um mês em frente à embaixada dos Estados Unidos no Uruguai. Eles pediam ao governo americano uma compensação, "o necessário para levar uma vida normal como seres humanos" após terem passado 13 anos presos sem acusações na base de Guantánamo.

Os EUA não atenderam sua reivindicação, mas o governo uruguaio decidiu institucionalizar seu processo de adaptação e inserção no Uruguai por intermédio de um convênio com uma ONG representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), que lhes oferece apoio financeiro e uma casa para cada um.

Os seis ex-detentos foram recebidos em dezembro no Uruguai como parte do compromisso do então presidente, José Mujica, de colaborar com seu homólogo americano, Barack Obama, no plano de fechamento do presídio instalado na base naval americana em Guantánamo, em Cuba. /EFE

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