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FBI vigiou Muhammad Ali ao investigar Nação do Islã em 1966

Documentos foram divulgados esta semana; o FBI já foi criticado por monitorar figuras públicas, incluindo o líder dos direitos civis Martin Luther King Jr. e o cantor John Lennon, nos turbulentos anos 60 e 70

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Por Redação Internacional
Atualização:

O FBI (polícia federal americana) estava de olho no boxeador Muhammad Ali em 1966, acompanhando até seu divórcio e seu discurso em uma mesquita de Miami, durante investigação sobre o grupo religioso Nação do Islã, de acordo com documentos divulgados pela organização.

Muhammad Ali em imagem de 2006. Foto: Paul Sancya/AP

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A divulgação dos documentos, publicados recentemente no site do FBI, foi noticiada primeiramente pelo jornal New York Times na internet na quinta-feira.

O ex-campeão mundial dos pesos-pesados morreu em junho aos 74 anos depois de uma vida nos ringues e de ativismo que fez dele uma das personalidades mais famosas do mundo. O ex-presidente americano Bill Clinton esteve entre os dignitários que compareceram a seu funeral.

O FBI já foi criticado por monitorar figuras públicas, incluindo o líder dos direitos civis Martin Luther King Jr. e o cantor John Lennon, nos turbulentos anos 60 e 70.

A leva de cerca de 140 páginas de documentos do FBI  de 1966 sobre Ali, que inclui material até então confidencial, foi trazida a público devido a uma ação apresentada em agosto pelo grupo conservador Judicial Watch solicitando os papéis.

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Entre os documentos, que usavam o nome de batismo de Ali, Cassius Clay, há um pedido para que agentes monitorem seu divórcio da primeira mulher, ocorrido naquele ano, como uma "pista".

"Solicita-se ao escritório de Miami (do FBI) que acompanhe o processo de divórcio entre Cassius e Sonja Clay com ênfase particular em qualquer implicação do NOI (sigla para Nação do Islã em inglês) nesta questão", dizia um memorando.

Outro memorando do FBI sobre um discurso que Ali fez em uma mesquita em 1966 disse que ele falou sobre os esforços para privá-lo de seu título dos pesos-pesados, que os atribui ao "homem branco". / REUTERS 

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