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Filme 'A Entrevista' tem première calma nos EUA

Filme que retrata um plano para matar Kim Jong-un é criticado pela Coreia do Norte

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Por Redação Internacional
Atualização:

LOS ANGELES - Tudo correu tranquilamente durante a première do filme "A Entrevista", da Sony Pictures, que tem estado no centro das atenções por provocar tensões com a Coreia do Norte e possivelmente ter sido a causa de um grande ataque hacker contra a empresa. O pré-lançamento do filme ocorreu na quinta-feira.

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Os astros Seth Rogen e James Franco posaram juntos sobre um tapete vermelho com acesso restrito a fotógrafos, uma vez que a Sony manteve forte controle sobre o acesso ao evento após o filme ter sido colocado no centro de uma falha de segurança devastadora, em que filmes, dados e emails foram vazados.

"Não estou me envolvendo em nada disso", disse o co-roteirista e co-diretor Evan Goldberg em meio a uma risada, após se questionado sobre o impacto internacional do filme. Goldberg disse que ele e Rogen já estão ocupados trabalhando nos próximos projetos, entre eles um show de TV e uma comédia de animação.

A Sony Pictures Entertainment, uma unidade da japonesa Sony, foi alvo de um ataque hacker de grandes proporções, tornado público em 24 de novembro, no qual invasores não identificados divulgaram uma série de emails e dados internos da companhia.

Pessoas próximas à investigação disseram que a Coreia do Norte era a principal suspeita do ataque, mas um diplomata norte-coreano negou que seu país esteja envolvido. Pyongyang condenou o filme em junho.

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Godberg, Rogen e Franco se misturaram aos convidados na festa pré-exibição do filme. A co-chairman da Sony Pictures Amy Pascal, que se desculpou na quinta por ter feito comentários racialmente insensíveis sobre o presidente Barack Obama em emails vazados, disse durante a première estar "indo bem", abraçando Goldberg.

Em entrevistas a publicações especializadas, como a Deadline Hollywood, Pascal defendeu a decisão do estúdio de levar a comédia de Rogen e Goldberg adiante. "Ninguém vai nos dizer quais filmes lançar, nunca", disse ela. "Ninguém deveria ser capaz de intimidar uma empresa."

De acordo com emails que datam entre agosto e outubro, e obtidos pela Reuters, o presidente-executivo da Sony Corp, Kazuo Hirai, ordenou a Pascal que amenizasse o tom do filme após Pyongyang repudiar o longa por mostrar o assassinato de Kim Jong-un.

Rogen concordou com pequenas modificações, mas foi contra os pedidos para mudar a cena da morte do líder norte-coreano, alegando que isso iria prejudicar o humor do filme e seria considerado censura, afetando a bilheteria. "Isso é agora uma história sobre americano mudando seu filme para fazer os norte-coreanos felizes", disse ele em um email de 15 de agosto. "Isso é uma história muito condenável." /REUTERS

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