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Fotógrafo é preso na Tailândia por viajar com colete à prova de balas

Hok Chun "Anthony" Kwan foi detido no aeroporto internacional de Bangcoc e acusado de posse de armas ilegais

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Por Redação Internacional
Atualização:

BANGCOC - O Clube de Correspondentes Estrangeiros da Tailândia (FCCT) denunciou no início desta segunda-feira, 24, a detenção de um fotógrafo de Hong Kong no aeroporto de Bangcoc por viajar com colete e capacete à prova de balas, considerados armas ilícitas pelas leis do país.

Hok Chun "Anthony" Kwan, enviado pela Initium Media Technology para cobrir os atentados com bomba da semana passada na capital tailandesa, foi detido ontem no aeroporto internacional de Bangcoc quando retornava a Hong Kong, acusado de posse de armas ilegais.

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O fotógrafo foi solto há poucas horas, mas poderia ser condenado a até cinco anos de prisão ou teria que pagar uma multa de 50 mil bahts (aproximadamente US$ 1.400) por acusações relacionadas a uma lei de 1987, que proíbe a posse de equipamento militar sem licença.

"Os coletes e capacetes utilizados por jornalistas não são armas ofensivas e não deveriam ser tratados como tal", declarou em comunicado o FCCT, que ficou "consternado" pela detenção e havia pedido que as autoridades retirassem as acusações.

"O uso de coletes e capacetes faz parte da rotina de jornalistas no mundo todo, e é claramente para permitir que eles façam o seu trabalho em situações de perigo", acrescentou a organização.

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O FCCT lembrou que no passado vários jornalistas morreram por impacto de bala enquanto cobriam manifestações em Bangcoc, e que a maioria de organizações exige que seus profissionais usem a proteção em locais de risco.

A associação também lembrou que em várias ocasiões pediu às autoridades tailandesas para que revisassem essa lei para permitir que os jornalistas possam comprar, importar e utilizar material de proteção adequado.

Coletes e capacetes foram muito utilizados por jornalistas durante os protestos antigovernamentais que antecederam o golpe de Estado de 2014, nos quais morreram pelo menos 28 pessoas, sem que as autoridades tomassem nenhuma ação contra os profissionais. /EFE e ASSOCIATED PRESS

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