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Papa Francisco é presenteado com edição de Dom Quixote

Pontífice recebeu presente após encontro no Vaticano com o diretor do Instituto Cervantes, o diretor da Real Academia Espanhola (RAE) e o acadêmico Francisco Rico

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Por Redação Internacional
Atualização:

ROMA - O papa Francisco recebeu nesta segunda-feira, 2, no Vaticano um exemplar do livro Dom Quixote durante reunião com o diretor do Instituto Cervantes, Víctor García de la Concha, o diretor da Real Academia Espanhola (RAE), Darío Villanueva, e o acadêmico Francisco Rico.

Papa recebe de presente um exemplar de Dom Quixote - Foto: Efe

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O papa teve um encontro privado de 20 minutos com eles e lembrou de seu passado como professor dos jesuítas e estudante, quando "no ensino médio, no ramo de Ciências, leu íntegra a obra de Miguel de Cervantes", destacou la Concha. "Ele esteve muito descontraído, sem pressa alguma", afirmou o diretor do Instituto Cervantes, após o encontro.

Durante a audiência, "verdadeiramente comovente", García da Concha explicou a Francisco o motivo da visita: este é o ano em que se celebra os 400 anos da morte do escritor, nascido em Alcalá de Henares em 1547.

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"Nos parecia que nos 400 anos da morte de Cervantes, lembrando o velho professor de Literatura que ele (Francisco) tinha sido, o mais adequado era presenteá-lo com uma edição de referência, de estudo, que na realidade constitui uma enciclopédia do Quixote e ao mesmo tempo recupera a voz de Cervantes ao longo do romance, por causa das adições e supressões que os impressores fizeram", relatou.

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As modificações que os impressores da obra realizaram foram explicadas pelo professor Rico, que dirigiu a edição do Quixote do Instituto Cervantes: "Nas impressões da época estavam contadas as páginas do manuscrito que tinham que ir em cada página do impresso". "Se passavam, cortavam, ficavam curtos, acrescentavam. E mostrei ao Santo Padre alguns casos nos quais é materialmente visível como se acrescentou o texto. E ele gostou", comentou Rico.

O papa também mostrou sua preocupação pelo pouco vocabulário dos estudantes atualmente. "O percebemos preocupado com essa pobreza léxica dos estudantes de seu país. Deu para notar que ele recebeu alguma notícia estatística de que os estudantes do ensino médio da Argentina saíam da escola com 500 palavras do espanhol, o que é muito pouco", disse o diretor da Real Academia Espanhola. /EFE

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