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Parte do portão do campo de concentração de Dachau é roubada

Placa com a inscrição 'o trabalho liberta' é símbolo do período nazista

Por redacaointer
Atualização:

Portão antes e depois do roubo - Michaela Rehle e Michael Dalder / Reuters 

 

Símbolo histórico do período nazista, um portão de ferro com o slogan "Arbeit macht frei" (o trabalho liberta) foi roubado de um campo de concentração da cidade de Dachau, na Alemanha. A inscrição era reproduzida em diversos campos e esteve presente no cotidiano de milhões de prisioneiros. O crime foi informado pela polícia e pela diretora do memorial nesta segunda-feira, 3.

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O campo montado em 1933 em Dachau, próxima de Monique, tinha intenção de deter rivais políticos. Ele foi criado logo após a ascensão de Adolf Hitler ao poder. O local se tornou o protótipo de uma rede de campos de concentração onde seis milhões de judeus foram exterminados, assim como ciganos, russos, poloneses e homossexuais.

Nos 12 anos de funcionamento, morreram em Dachau cerca de 41.500 pessoas. Mais de 200 mil prisioneiros foram libertados do local por tropas americanas em 1945.

De acordo com a diretora do centro de visitas criado no local, Gabriele Hammermann, o campo de Dachau é o mais visitado na Alemanha, com aproximadamente 800 mil visitantes por ano. Ela afirmou que a inscrição é o "símbolo central do sofrimento dos prisioneiros do campo de concentração de Dachau, e por isso [o roubo] foi um golpe no coração do memorial."

A polícia acredita que pelo menos dois adultos estejam envolvidos no roubo, uma vez que o portão de ferro fundido mede 1,90 m por 95 cm e teria sido cuidadosamente planejado.

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Essa não é a primeira vez que uma inscrição com o slogan é roubada. Em 2009, um sueco com laços com a extrema direita roubou a placa do portão de entrada do campo de concentração nazista de Auschwitz, na Polônia. Dias depois, a placa foi encontrada

O homem foi sentenciado, um ano depois, a quase três anos de prisão. Dois poloneses receberam penas de até dois anos e meio por retirar a placa e cortá-la em pedaços para caber no veículo utilizado no roubo. /AP e REUTERS

 

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