Um dos primeiros atos do sequestrador do café de Sidney foi exibir uma bandeira preta com a inscrição islâmica conhecida como shahada. Embora grupos radicais como o Estado Islâmico e o Jabat al-Nusra tenha usado o símbolo nos últimos anos, especialistas no Islã hesitam em vincular diretamente a bandeira a esses militantes.
A inscrição na shahada diz: "Só Alá é Deus e Maomé é seu profeta". Segundo o especialista da ONU em assuntos islâmicos Aftab Malik, é usada geralmente como uma afirmação da fé.
"Muitos grupos usam a shahada para demonstrar autoridade perante os fiéis sem acesso à educação formal", disse ele ao jornal britânico The Guardian. " Você pode comprar essa bandeira em qualquer lugar, não tem um significado político ou ideológico, apenas espiritual."
A Shahada também é usada como bandeira da Arábia Saudita, mas com o fundo verde, a cor do Islã, e, segundo o analista, é uma maneira de legitimar a família real Saud e sua visão sobre a religião.