Keiko Fujimori
Filha do ex-presidente Alberto Fujimori, tem 40 anos e foi primeira-dama durante o governo do pai, após o divórcio dele e de sua mãe, Susana Higuchi. Em sua segunda candidatura à presidência, se apresenta como moderada e tenta se distanciar do legado do fujimorismo, prometendo não indultar o ex-presidente.
Ao longo da campanha, viu-se obrigada a amenizar o discurso, buscando posições mais próximas ao centro político.
Em virtude dos temores envolvendo uma possível libertação do ex-presidente, Ela chegou a assinar um documento no qual se compromete com o "respeito irrestrito à ordem democrática e aos direitos humanos. Além disso, afirmou que lutará de maneira drástica contra a corrupção, respeitará a independência entre os poderes e não usará o cargo para beneficiar nenhum parente.
Nas eleições de 2011, Keiko chegou ao segundo turno, mas foi derrotada pelo nacionalista Ollanta Humala, numa coalizão que abrigou o centro e a esquerda do Peru, em uma tentativa de evitar o retorno do fujimorismo ao poder depois de 11 anos da queda de seu expoente máximo.
Pedro Pablo Kuczynski
Economista educado no exterior, com passagens pelo Banco Mundial, Pedro Pablo Kuczynski, conhecido no país pelo acrônimo PPK, tenta pela segunda vez chegar à presidência do Peru. Participou das eleições de 2011, mas ficou longe do segundo turno. É apoiado pelo Prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa e por grande parte do establishment do país, acostumado com o manejo heterodoxo da economia e com o crescimento com base na exploração de minérios como o cobre e o ouro.
O grande desafio do candidato é manter as conquistas econômicas dos últimos anos diante de um cenário de queda nas receitas das exportações.
A briga de Kuczynski é chegar ao segundo turno, onde provavelmente deve contar com mais apoio para derrotar Keiko Fujimori que sua rival direta, a deputada Verónika Mendoza.
O economista tem mais apelo junto à classe média liberal e partes dos setores mais elitizados da sociedade, porém tem mais dificuldades de conseguir votos entre os peruanos mais humildes.
Verónika Mendoza
Deputada ganhou a atenção da esquerda depois que o Partido Nacionalista, do presidente Ollanta Humala, retirou sua candidatura. Promete endurecer regras ambientais e taxar as empresas que exploram jazidas de cobre no país.
Outra proposta polêmica de Mendoza é a realização de uma Constituinte para refazer a Carta do país, nos moldes de projetos que tiveram sucesso na década passada na Venezuela, no Equador e na Bolívia.
Diferentemente do que ocorreu com Hugo Chávez, Evo Morales e Rafael Correa, no entanto, Verónika tem contra si o mau momento da economia peruana e a tradição histórica do país de pouco respaldo a projetos ortodoxos.
Mesmo candidatos que chegaram à presidência com propostas alternativas ao livre mercado, como Alejandro Toledo e Ollanta Humala, no poder, governaram pelo centro e mantiveram a política econômica de controle da inflação e ajuste fiscal.
A deputada ganhou espaço depois que o Partido Nacionalista, de Humala, desistiu de apresentar um candidato na disputa.