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Todos os discursos do Estado da União feitos por Barack Obama

Relembre os principais temas da tradicional fala anual do presidente dos EUA desde que ele chegou à Casa Branca, em 2009

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Por Redação Internacional
Atualização:

Nesta terça-feira, 12, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, faz o seu sétimo e último discurso do Estado da União, que deve ter tom otimista e fazer contraponto aos republicanos que buscam substituí-lo na eleição de novembro.

Relembre os principais temas dos discursos anteriores de Obama:

2009

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Apesar de não ser considerado oficialmente um discurso do Estado da União, Obama falou ao Congresso em uma sessão conjunta pouco tempo depois de assumir seu primeiro mandato com um grande desafio a ser vencido: recuperar a economia dos EUA.

Entre os pontos principais do discurso estava a visão de Obama sobre um "compromisso histórico para uma reforma acessível do sistema de saúde", além do objetivo de voltar a ter a maior proporção de graduandos universitários do mundo em 2020 e estímulos para dobrar a oferta de energia renovável no país nos três anos seguintes.

Das promessa que Obama não conseguiu colocar em prática está o fechamento da prisão de Guantánamo, em Cuba, onde 104 prisioneiros ainda são mantidos.

2010

Nesse ano, quando fez então seu primeiro discurso do Estado da União, Barack Obama, a economia dos EUA estava melhor, mas ainda sem grandes sinais de recuperação da grave crise econômica de 2008, fazendo com que Obama falasse pouco sobre suas ações nessa área.

O grande destaque da noite foi, sem dúvida, a proximidade da assinatura da Affordable Care Act, a reforma do sistema de saúde mais conhecida como Obamacare prometida no ano anterior, algo que aconteceu três meses depois.

Também em 2010, o presidente anunciou a criação de movimento nacional para combater a obesidade infantil, o "Let's Move", comandado pela primeira-dama Michelle Obama "para que os jovens americanos sejam mais saudáveis

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2011

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Com a volta da recessão e após o Obamacare tem sido sancionado por Obama, muitos o acusaram de ter se esforçado pouco para criar empregos. Ele também teve que lidar com o revés da eleição de meio de mandato, na qual os republicanos recuperaram o controle da Câmara dos Deputados.

O foco do discurso do presidente foi um tema novo: vencer no futuro. Dessa forma, seu discurso foi guiado por temas como educação, desenvolvimento acadêmico - especialmente nas áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática - e infraestrutura.

Sobre seus objetivos, Obama disse: "Queremos preparar 100 mil novos professores nos campos da ciência, tecnologia, engenharia e matemática".

2012

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Feito em ano de campanha eleitoral, o tom desse discurso veio acompanhado de um "selo" informal de "missão cumprida" e foi amplamente influenciado pelo assassinato de Osama bin Laden. Instantes após iniciar sua fala, Obama disse: "pela primeira vez em nove anos, não temos americanos lutando no Iraque". Depois, ele completou: "pela primeira vez, em duas décadas, Osama bin Laden não é uma ameaça para este país".

Obama também passou boa parte de sua fala listando os feitos de seu primeiro mandato. "Em 22 meses, empresas criaram mais de 3 milhões de empregos. O ano passado foi o com o maior número de vagas abertas desde 2005. As fábricas americanas estão contratando novamente e criando empregos pela primeira vez desde 1990. Juntos, concordamos em cortar um déficit de mais de US$ 2 trilhões. E, no lugar, colocamos regras para permitir que os negócios de Wall Street sejam rastreáveis de forma que uma crise como essa nunca mais se repita."

2013

Obama fez o discurso de 2013 poucos dias após assumir seu segundo mandato à frente da Casa Branca e à beira de um "penhasco fiscal". Tentando evitar o quase inevitável fechamento (shutdown) do governo - algo que aconteceu naquele ano -, Obama fez um apelo ao Congresso: "deixemos os interesses partidários delado e vamos tralhabar para aprovar um orçamento que substitua cortes desmedidos por economias inteligentes e investimentos sábios em nosso futuro. E façamos isso sem as provocações que estressam os consumidores e assustam os investidores".

Ainda do discurso de 2013, destaca-se o anúncio da criação de uma comissão para analisar um questão crucial que pode ter sido desproporcionalmente problemática para os negros: o acesso dos eleitores aos locais de votação.

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2014

O presidente americano entrou em seu sexto ano de mandato sob duras críticas após problemático lançamento do sistema que permitia aos americanos contratar seguros subsidiados pelo Obamacare. "Estamos corrigindo essas questões", disse Obama em seu discurso do Estado da União. Ainda sobre o tema, ele aproveitou para alertar seus adversários republicanos: "que não tenhamos outra iniciativa com quarenta o poucos votos para tentar revogar uma lei que já está beneficiando milhões de americanos".

Já prevendo um resultado adverso nas eleições de meio de mandato - algo que se concretizou, com o Partido Republicano assumindo também o controle do Senado -, Obama sinalizou que estava disposto a usar decretos para tomar medidas sem depender de aprovação do Congresso.

Nesse sentido, após a derrota eleitoral daquele ano, o presidente lançou mão de um dos decretos mais controversos de sua gestão, postergando a deportação de quase 4 milhões de imigrantes sem documentos.

2015

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Em seu primeiro discurso do Estado da União a um Congresso controlado pelos republicanos, o presidente americano, Barack Obama, apresentou pacote de medidas redistributivas que enfrentam forte resistência da oposição e propôs o aumento de impostos sobre os mais ricos para financiar programas em favor da classe média, a expansão de direitos trabalhistas e investimentos na combalida infraestrutura americana.

"Nós vamos aceitar uma economia na qual apenas alguns se dão espetacularmente bem? Ou vamos nos comprometer com uma economia que gera crescentes rendimentos e chances para todos os que se esforçam?", perguntou Obama, defendendo o que chamou de "economia da classe média".

Pela primeira vez, o presidente também falou da crise econômica que atingiu o país antes de ele assumir o cargo como algo resolvido e propôs ao Congresso "virar a página" da história dos últimos 15 anos, marcada pela guerra ao terror e a mais profunda recessão das últimas sete décadas.

"A sombra da crise passou e o Estado da União é mais forte", disse, na ocasião, Obama.

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