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Apesar de campanha internacional contra, zoológico da Dinamarca disseca leão em público

Prática é comum no país, onde é vista como uma forma de difusão de conhecimentos; campanha internacional reuniu 130 mil assinaturas contra ato

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Por Redação Internacional
Atualização:

O Odense ZOO, na Dinamarca, dissecou perante o público nesta quinta-feira, 15, um leão sacrificado há alguns meses, apesar de uma campanha internacional contrária ao ato e que recolheu 130 mil assinaturas.

Cerca de 400 pessoas, entre elas muitos estudantes, presenciaram uma prática comum nos zoos dinamarqueses, que de acordo com a direção do local, tem fins didáticos.

"Fazemos isso porque faz parte de um grande pacote de difusão de conhecimentos. Ver um animal morto é algo grandioso para todos", declarou à TV pública a principal zoóloga deste centro, Nina Collatz Christensen.

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Ela ressaltou que a experiência permite ao público ver de perto os órgãos de um mamífero semelhante ao homem e proporciona uma relação distinta com os animais.

"No mercado você não vê porcos e bois, você só vê a carne picada. Aqui se tem uma melhor compreensão da vida e da morte dos animais", afirmou.

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O zoo de Copenhague foi objeto de uma polêmica com repercussão mundial há pouco mais de um ano, inclusive com ameaças de morte ao diretor, após anunciar o sacrifício de uma girafa para evitar problemas de consanguinidade e a posterior dissecação pública.

No caso atual, um leão e seus dois irmãos foram sacrificados em fevereiro para reduzir a população e o risco de endogamia (acasalamento entre animais aparentados), depois de nenhum outro zoo na Europa ter conseguido acolhê-los.

Da mesma forma que em outros zoológicos na Dinamarca, a anatomização em público é uma prática normal no de Odense, que este ano já realizou a ação com um camelo e um pônei e quer repetir a experiência com os outros dois leões atualmente congelados.

As reações contrárias procedem fundamentalmente de fora da Dinamarca. No país não há grandes críticas e a principal associação de proteção aos animais apenas reprovou as condições em que porcos e frangos ficam armazenados depois que são sacrificados para se transformar em alimentos. / EFE

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