Um total de 56% dos americanos se opõe à possibilidade do envio adicional de tropas do país ao Afeganistão, segundo uma pesquisa divulgada nesta quarta, 12, pela rede de televisão CNN.
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A divulgação da pesquisa coincide com a reunião de hoje na Casa Branca com a participação do presidente americano, Barack Obama, e de membros do alto escalão do Governo do EUA para definir a estratégia a seguir no Afeganistão.
O secretário de imprensa da Casa Branca, Robert Gibbs, disse na terça-feira que as opções para a nova estratégia se reduziram a quatro.
Gibbs não quis explicar o conteúdo dessas opções, mas a imprensa americana cita altos funcionários para dizer que todas elas contemplam um aumento no número de soldados dos EUA no Afeganistão - atualmente, 68 mil soldados.
Segundo a imprensa americana, as opções poderiam ser o envio de 15 mil, 30 mil ou 40 mil soldados, ou ainda um número mais alto.
O assunto do aumento de tropas colocou Obama em uma situação difícil. Apesar de o general Stanley McChrystal, comandante das forças internacionais no Afeganistão, sustentar que mais tropas são necessárias, a opinião pública se mostra cada vez mais reticente.
Prova disso é a pesquisa divulgada hoje, na qual apenas 42% dos entrevistados disseram apoiar um aumento do contingente militar americano em território afegão.
A pesquisa divulgada hoje foi feita entre os dias 30 de outubro e 1º de novembro e tem margem de erro de três pontos percentuais.
Uma consulta similar realizada em meados de outubro mostrou que 59% dos americanos se opunham a um aumento do contingente militar, enquanto 39% estavam a favor.
A última pesquisa mostra que a opinião pública também está dividida sobre se Obama está demorando demais para anunciar sua decisão. McChrystal disse há três meses que o fracasso era garantido sem tropas adicionais.
Assim, 49% das 1.018 pessoas que participaram do levantamento disseram que Obama está demorando demais, contra 50% que disseram o contrário.
O diretor da pesquisa, Keating Holland, declarou que se observa uma clara diferença na resposta em função do gênero dos participantes.
"A maioria dos homens dizem que Obama está demorando demais e a maioria das mulheres está disposta a dar mais tempo a ele", afirmou Holland.