Casa Branca se diz 'desanimada' com expansão de colônias judias

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A Casa Branca disse na terça-feira que estava "desanimada" com a aprovação do governo israelense à expansão do assentamento de Gilo, em Jerusalém, e criticou duramente a expulsão e a demolição de residências palestinas. "No momento em que estamos trabalhando para reiniciar as negociações (de paz), estas ações tornam mais difícil nossos esforços", disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, em comunicado. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, exigiu que Israel suspenda a expansão de assentamentos como um gesto de boa vontade para os palestinos em um esforço para reiniciar o processo de paz. Israel aprovou nesta terça-feira a construção de 900 casas para judeus em território da Cisjordânia ocupado durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, e anexado a Jerusalém. O jornal israelense Yedioth Ahronoth disse que o enviado norte-americano ao Oriente Médio, George Mitchell, pediu a um assessor do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, durante encontro em Londres na segunda-feira, que bloqueie a construção proposta no assentamento de Gilo. Uma autoridade norte-americana confirmou a reportagem. Mas uma comissão do governo israelense aprovou a construção de 900 unidades em Gilo, onde já vivem 40.000 israelenses. "Estamos desanimados com a decisão do Comitê de Planejamento de Jerusalém de seguir adiante com o processo de aprovação da expansão de Gilo em Jerusalém", disse Gibbs em comunicado. "Os EUA também se opõem a outras práticas israelenses em Jerusalém relacionadas à habitação, incluindo a política de expulsão e demolição de casas palestinas", afirmou. (Reportagem de Alister Bull)

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